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PCS já: categoria aprova “estado de greve” e paralisação de 2 horas, com passeata, ato e AGE, na quinta-feira, 28

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Objetivo é pressionar Lewandowski , para que assine o Substitutivo ao PL 6613/09, e o governo, para que mantenha a verba no Orçamento

Os servidores do Judiciário Federal em Minas Gerais estão convocados para paralisação de duas horas na próxima quinta-feira, 28 de agosto, das 12h às 14h. Essa foi a decisão da assembleia geral extraordinária desta terça, 26, durante ato público realizado em frente ao prédio do TRE da Avenida Prudente de Morais, 100, Cidade Jardim, em Belo Horizonte, com mais de 200 pessoas.

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Uma das muitas deliberações no ato desta terça-feira, 26, em frente ao TRE em BH – Fotos: Gil Carlos

A paralisação de quinta-feira será em todo o estado. Em Belo Horizonte, haverá novo ato público, seguido de AGE (veja aqui o edital). A concentração será às 12 horas, em frente ao prédio da Justiça Federal da Avenida Álvares Cabral, 1.741, bairro Santo Agostinho. De lá, os servidores seguirão em passeata, com carro de som, para os prédios do TRE da Avenida do Contorno, 7.038, Lourdes (Cartórios Eleitorais), e da Avenida Prudente de Morais dos números 320 e 100. Chegando a esse último, darão continuidade ao ato e realizarão a assembleia que deliberará sobre os rumos da mobilização da categoria pela aprovação do Substitutivo ao PL 6613/09 (trata da revisão salarial dos servidores do Judiciário Federal), que tramita atualmente na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados. Também foi aprovado o início do “estado de greve”. “É uma forma de manifestarmos publicamente a nossa indignação”, justificou o autor da ideia, o diretor de base David Landau, servidor da Justiça do Trabalho.

“Vamos quadruplicar o número de participantes e esquentar a nossa mobilização”

A proposta de realizar paralisação de duas horas na próxima quinta-feira, com ato público e AGE, foi feita pela própria direção do SITRAEMG, através do coordenador geral Alexandre Magnus, que veio de Juiz de Fora, onde é lotado na Justiça do Trabalho, especialmente para participar do ato. Comemorando o crescimento da mobilização, já que o ato de hoje contou com número superior ao do último dia 20, Magnus explicou que não era ainda um público ideal para se avaliar a real disposição da categoria para a greve. Por isso, pediu o empenho de todos os presentes no sentido de quadruplicar o número de participantes das atividades de mobilização da próxima quinta-feira. “Cada um de vocês traga mais três colegas. Vamos quadruplicar o número de presentes no ato e, quem sabe, aprovar o início imediato da greve por tempo indeterminado”, conclamou. “Este é o momento propício para a greve, tendo em vista que estamos em ano eleitoral. É também um momento frágil para nós, servidores do Judiciário Federal, que estamos com uma defasagem salarial de oito anos. Chegou o momento de partirmos para a greve”, defendeu.

Concordando com a sugestão da direção do Sindicato, David Landau avaliou: “Não é a proposta que queríamos, mas foi uma vitória o aumento de participantes nesse ato. Isso significa que precisamos fortalecer o movimento”.

Palavras de ordem e salva de palmas para os estados em greve

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Helenice dos Santos, diretora da Fenasps: “Motivo a greve de vocês já tem. Agora, é chamar os companheiros para irem juntos”

O ato público desta terça-feira, em Belo Horizonte, contou com a presença de servidores dos três tribunais federais (TRT, Justiça Federal e Justiça Eleitoral) de Belo Horizonte e ainda das cidades de Nova Lima e Juiz de Fora. Também estiveram presentes os coordenadores do SITRAEMG Alexandre Magnus, Igor Yagelovic, Célio Izidoro, Daniel de Olliveira, Vilma Oliveira Lourenço e Dirceu José dos Santos. Helenita dos Santos, representando a Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), manifestou o apoio da sua categoria à mobilização dos servidores do Judiciário Federal. “Motivos a greve de vocês já tem todos. Agora, é chamar os demais companheiros para virem juntos”, opinou.

Durante o ato, foram pedidas salvas de palmas para os servidores que estão em greve em nove estados (São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Distrito Federal, Rio de Janeiro e TRT da 15ª Região -região de Campinas-SP) e para os servidores da Justiça Eleitoral, cuja eficiência é referência em todo o mundo. Também foram gritadas várias frases de efeito como “Servidor na rua. Dilma, a  culpa é sua” e “Dilma, não sou otário. Eu tô na luta é pelo salário”.

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O diretor de base David Landau chamou a atenção de todos para a importância do ato nacional desta quarta-feira, 27, em frente ao STF, para pressionar Lewandowski

O ato público foi aberto e conduzido pelo diretor de base David Landau, jornalista do TRT e colaborador da atual Diretoria do Sindicato. David lembrou a todos que amanhã será um dia muito importante porque servidores do Judiciário Federal de todos os estados, incluindo Minas Gerais, estarão em Brasília (DF), participando de mais um ato nacional em frente ao STF, para pressionar o presidente do órgão, ministro Ricardo Lewandowski,  a negociar com o Executivo e a assumir a defesa da autonomia constitucional do Judiciário e do projeto de reposição salarial dos servidores. Aproveitando a oportunidade, pediu a todos os presentes que conversem com outros colegas e os convidem para fortalecer o movimento. “E a única forma de a gente se sentir valorizado”, explicou, acrescentando que a revisão salarial não é a única luta da categoria no momento. “Lutamos por respeito, por garantia do reenquadramento, para que não haja assédio moral, pela jornada de 6 horas, pela nossa valorização e muito mais”, detalhou.

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O coordenador geral do SITRAEMG Alexandre Magnus ressaltou que 120 mil servidores aguardam um retorno do governo em relação à revisão salarial

Em seguida, o coordenador Alexandre Magnus ressaltou que são 120 mil servidores do Judiciário Federal em todo o país aguardando um retorno do governo em relação ao PL 6613/09. “Trata-se de um projeto que foi assinado pelos presidentes do STF e dos tribunais e conselhos superiores. Há uma falta de respeito do governo à autonomia do Judiciário e a esses 120 mil servidores”, reclamou, lembrando que a qualidade do serviço prestado pela Justiça Eleitoral é referência em todo o mundo, que a Justiça do Trabalho presta um serviço de grande importância social e que a Justiça Federal é responsável por julgamentos de grandes crimes cometidos contra o patrimônio público da União. “O servidor não pode pagar por essa crise que não é nossa”, advertiu.

“Greve é um direito constitucional. Grevista não pode ser punido”

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Célio Izidoro, coordenador do SITRAEMG: nossa luta é pela aprovação do PL 6613/09 no Congresso e a verba seja garantida no orçamento

O coordenador executivo Célio Izidoro afirmou que não dá mais para aguentar esses oito anos de arrocho salarial. “Onde está o dinheiro que o governo está nos negando para a nossa revisão salarial?, indagou, respondendo ele mesmo que o dinheiro é direcionado aos banqueiros. “Nossa luta é para garantirmos que este projeto avance no Congresso e que a verba seja incluída no orçamento. Se lutarmos pouco, ganharemos pouco; se lutarmos muito, ganharemos muito”, dimensionou.

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Daniel de Oliveira, também coordenador do Sindicato, destacou que a greve é um direito constitucional do servidor

Exibindo uma cartilha da greve elaborada pelo SITRAEMG, o coordenador Daniel de Oliveira leu trecho do documento que atesta que a greve é um direito constitucional. Logo, o grevista não pode ser punido.

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Luiz Fernando Gomes, entre os coordenadores do Sindicato Vilma Oliveira Lourenço e Célio Izidoro: nas eleições, servidores devem rejeitar candidatos que não representam os trabalhadores

O filiado Luiz Fernando Rodrigues Gomes lembrou a todos que faltam 40 dias para as eleições e que a categoria deve discutir esse processo para rejeitar candidatos que não representam os trabalhadores. Referindo-se àqueles que concorrem à Presidência da República, opinou que nenhum dos apontados à frente nas pesquisas de intenção de voto defende os interesses da classe. Na atual legislatura, alertou, apenas 15,31% dos componentes do Congresso Nacional (senadores e deputados federais) são oriundos do movimento sindical. Mesmo assim, a maior parte deles vinculados a entidades “pelegas”. 

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