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GREVE: Primeiro ato da semana reúne servidores no TRE e protesta contra resistência do governo

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A greve em Minas Gerais avança, sempre com grande presença de servidores nas concentrações organizadas pelo SITRAEMG. Nesta segunda-feira, 17, 420 pessoas compareceram, junto ao Sindicato, na porta do prédio da Justiça Eleitoral, na avenida Prudente de Morais, para, novamente, mobilizar os trabalhadores e ressaltar a importância da adesão em massa ao movimento – sem o qual será impossível a aprovação da revisão salarial (PL 6613/09). Sempre usando camisetas e tarjas pretas, os participantes empunharam bandeiras e saudaram os estados grevistas com apitaços e palmas.
Após passar os costumeiros informes sobre a greve em Minas e no Brasil – que já soma 19 estados parados -, o presidente do SITRAEMG, Alexandre Brandi, explicou que a caravana que iria à Brasília acompanhar o grande ato público do dia 19 (a partir das 15h, em frente ao STF) precisou ser cancelada, dada a impossibilidade de encontrar vagas em hotéis na capital federal. Inclusive, em se tratando do Distrito Federal, local com cerca de 18 mil servidores públicos, ele lembrou que os servidores de lá estão em estado de greve, tendo agendado uma assembleia para o dia 25, na qual o indicativo de greve será avaliado. “É muito importante ter o Distrito Federal ao lado de Minas e dos outros estados, pois é um estado que concentra um número enorme de servidores e que nunca se furtou às lutas”, disse Brandi, acrescentando que, assim que eles aderirem, com certeza o movimento ficará mais forte.
Os diretores do Sindicato presentes à concentração também criticaram duramente matéria veiculada na edição desta semana da Revista Veja (nº 2165), na qual, além de insinuarem que os servidores públicos são uma categoria protegida do governo e que reivindica sem ter necessidade, também publicaram uma entrevista do advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams, que acusou a greve do funcionalismo público de ser um “um atentado descarado contra a democracia”. Enquanto Alexandre Brandi classificou as atitudes do governo – ameaçando cortar o ponto dos grevistas – como “uma ingerência do Executivo no Judiciário”, o diretor jurídico do SITRAEMG Fernando Neves afirmou ser “um absurdo” o que o advogado-geral da União disse, “pois a greve é legal e ele vai ter que voltar atrás no que disse”, finalizou, acompanhado de vaias e apitaços para as declarações publicadas na revista.
Os servidores também foram esclarecidos sobre um boato de que o ponto dos grevistas seria cortado – boato realmente, posto que não há nenhum documento oficial de nenhum tribunal afirmando que haverá tal medida.

Apoio à greve dos professores

Durante uma das falas, os servidores foram supreendidos por uma manifestação de apoio de uma professora – cuja categoria encontra-se em greve há mais de 30 dias, a fim de obrigar o governo estadual a negociar o piso salarial e outros direitos (leia mais a respeito aqui). A mulher, que não se identificou, disse ao microfone que era preciso sim fazer a greve e ocupar as ruas, fechar o trânsito. “Façam barulho, fechem a rua!”, disse ela, que, emocionada, confessou que seu salário não bastava nem para os estudos da filha.
A professora foi bastante aplaudida e Alexandre Brandi lembrou aos presentes que é importante as categorias serem solidárias umas às outras, para terem mais força em exigir seus direitos. O servidor do TRT Rubens Pinheiro da Cruz, o Rubinho, que animava a concentração com sua música, também fez um apelo para o apoio mútuo entre as categorias e pediu o apoio dos servidores à greve dos professores estaduais.

Próximos atos

Finalizando o ato, pouco antes do Hino Nacional, Alexandre Brandi passou o calendário de concentrações para o restante da semana (veja as datas aqui) e conclamou os servidores a participarem dos atos e da comissão de greve: grupo de diretores e servidores tendo à frente os diretores Fernando Neves e Célio Izidoro, que visita os tribunais fazendo um trabalho de conscientização sobre a importância da greve. Neves, inclusive, convidou os servidores interessados a juntarem-se a ele em uma visita amanhã, 18, às 8h, à Vara do Trabalho de Betim, cidade na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Quadro da Greve em Minas Gerais:
Oito cidades já confirmaram estar em greve: Diamantina, Montes Claros, Pium-í, Tombos, Uberaba, Teófilo Otoni, Rio Piracicaba e Nanuque. Na capital, além do TRE, no qual a adesão à greve é de cerca de 80%, há seis varas da Justiça Federal fechadas e outras 16 da Justiça do Trabalho também paradas (1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª, 10ª, 14ª, 15ª, 19ª, 32ª, 33ª).

Uberlândia, no Triângulo Mineiro, também prepara uma concentração para terça-feira, dia 18, às 12h, em frente ao Fórum da Justiça Trabalhista da cidade. Uberaba também dá sinais de aderir ao movimento. Em Juiz de Fora, única cidade mineira com representação das quatro justiças – Federal, Eleitoral, do Trabalho e Militar – será feita uma grande concentração pela Greve, em frente ao Foro da Justiça Trabalhista (avenida Rio Branco, 1880, Centro) entre as 12h e 14h do dia 19 de maio, quarta-feira.

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