As entidades representativas dos servidores públicos devem enviar caravanas a Brasília em 16 de março. Essa foi a orientação da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, passada aos representantes de suas entidades apoiadoras em reunião virtual ocorrida na segunda-feira (21).
Este será o Dia Nacional de Greve. Nesta data, os servidores realizarão atos e paralisações em todo o país. A data faz parte do novo Calendário Nacional de Mobilização (veja abaixo), definido em reunião do Fonasefe na quinta-feira (17).
As atividades visam dar um ultimato ao governo federal: se não negociar a recomposição salarial, o funcionalismo entrará em greve por tempo indeterminado a partir de 30 de março.
As manifestações também visam aumentar a pressão sobre os parlamentares. Um dos objetivos é a criação da Comissão Geral para debater o reajuste no plenário da Câmara dos deputados. Para reforçar a mobilização, também estão sendo convocados representantes dos servidores estaduais e municipais.
O coordenador geral do Sitraemg Paulo José da Silva participou da reunião da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público.
Segundo ele, os participantes foram informados de que o governo está liberando aumentos para os servidores dos antigos territórios e do município do Rio de Janeiro. Este, pela condição de antiga capital do país. É um número pequeno de servidores nessa situação, mas existem.
Novo Calendário Nacional de Mobilização
• 23 de fevereiro: Plenária Virtual do FONASEFE, às 18 horas
• 8 de março: Dia Internacional de Luta das Mulheres
• 16 de março: Dia Nacional de Greve
• 30 de março: Indicativo de Deflagração de Greve por Tempo Indeterminado
Votação da PEC 32 depois das eleições
O coordenador do Sitraemg disse que na reunião comentou-se que a reforma administrativa pode ser votada ainda este ano. Segundo os relatos, o presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira (PP-AL) quer votar a PEC32/2020, que trata do tema, depois das eleições de outubro.
Lira teria afirmado que, independentemente de quem venha a ser o presidente da República eleito, “quem manda é a Câmara”. Foi feito o apelo da Frente para que todos os servidores estejam atentos a este tema.
Apoio ao movimento dos servidores da segurança pública em Minas Gerais
Na reunião também foi debatida a mobilização dos servidores do setor de segurança pública de Minas Gerais. Regina Márcia Pimenta, presidente do Sindsema/MG, pediu o apoio da Frente à luta para que o governador de Minas Gerais atenda ao pleito não só dos profissionais de segurança. Ela defendeu reajuste também para os servidores da saúde e educação, e isonomia salarial.
Bombeiros, policiais militares e civis, e agentes socieducativos realizaram manifestação na manhã da segunda-feira (21), na Praça da Estação, em Belo Horizonte. Eles protestaram contra dois vetos da gestão Zema sobre a recomposição salarial prometida ainda em 2019.
Os servidores do setor de segurança decidiram deflagrar greve a partir desta terça-feira (22).
Assessoria de Comunicação
SITRAEMG