Ao final do segundo dia de protestos e paralisações pelo envio imediato do projeto ao Congresso, servidores do Judiciário Federal aprovam manter mobilização e indicam greve por tempo indeterminado
Os servidores do Judiciário Federal decidiram parar para fazer o projeto de revisão salarial ‘andar’. Ao final de dois dias de protestos e paralisações nacionais, assembleias gerais em Brasília, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Maranhão, Goiás, Amazonas, Roraima, entre outros estados, apontaram o caminho da greve por tempo indeterminado para defender o envio ao Congresso Nacional e a aprovação do projeto de lei que revisa o Plano de Cargos e Salários da categoria.
Na maioria dos estados, os servidores indicaram os dias 18 ou 19 para início da greve. Em Brasília, a categoria, reunida na Praça dos Tribunais, decidiu em assembleia iniciar já a paralisação por tempo indeterminado. Até a finalização deste texto, muitos sindicatos ainda não haviam divulgado o resultado das assembleias.
No sábado 14, os representantes eleitos nos estados participam da reunião ampliada da direção da Fenajufe, a federação nacional da categoria. Os servidores devem, então, avaliar os indicativos aprovados e apontar uma data unificada para o início da greve nacional.
Milhares de servidores participaram das atividades do segundo dia da paralisação de 48 horas. Em Brasília, o sindicato (Sindjus-DF) estima que cinco mil trabalhadores estiveram na Praça dos Tribunais. Em São Paulo, cerca de 500 servidores participaram da assembleia realizada em frente à sede do Tribunal Regional Eleitoral na capital paulista, que apontou o dia 18 para início da greve. “Precisamos construir a mobilização nacional da categoria”, defende Henrique Sales Costa, da Justiça do Trabalho em São Paulo, que acredita que os servidores sairão da reunião ampliada de sábado com uma data unificada para início da greve.
