Acompanhe o Sitraemg nas redes sociais

Greve que aprovou PCS na Comissão de Trabalho tem que continuar, dizem servidores

Compartilhe

‘A greve levou PCS ao Congresso, a greve vai aprová-lo’, disse servidora após votação da proposta na Comissão da Câmara. A aprovação unânime do PCS-4 na Comissão de Trabalho da Câmara, na sessão desta quarta-feira (16), foi comemorada com vontade pelos servidores que lotavam o plenário 12 do Anexo II daquela casa legislativa.

Porém os mais de 300 servidores do Judiciário Federal e MPU que ‘ocupavam’ o local saíram de lá convictos de que se venceu uma batalha, mas a luta continua. “Foi a greve que trouxe o projeto para o Congresso. E é a greve que vai garantir que ele seja aprovado”, disse Ana Luiza Figueiredo Gomes, diretora da federação nacional (Fenajufe).

Ela considera importante a votação, “porque o projeto tem que andar” dentro do Congresso. “No entanto, nós precisamos partir para o regime de urgência para que o projeto seja votado imediatamente e precisamos que o Supremo pressione o Executivo e o Congresso para que a votação se dê, tem que permanecer na greve”, disse.

Opinião parecida a de Sérgio Murilo de Souza, servidor da Justiça do Trabalho de Santa Catarina. “Foi uma vitória importante, até pelo fato de ser por unanimidade, mas é hora de seguir com a greve a nível nacional, para garantir que o presidente do STF negocie com o presidente Lula e garanta a aprovação do nosso projeto”, defendeu. “O papel do Ministério do Planejamento é nos vencer pelo cansaço”, disse. Mas a greve, avalia, tem como vencer isso. “A votação por unanimidade na Comissão de Trabalho só foi possível por força da nossa greve nacional, temos que parabenizar cada servidor que está em greve país afora”, conclui.

Para o servidor Sebastião Edmar, o Tião, o resultado na Ctasp tem sua importância, mas não garante “o acordo orçamentário”. Para Tião, que é diretor do Sitraemg e integrava a delegação mineira que foi a Brasília, a nova batalha que agora se inicia, na Comissão de Finanças, exigirá uma pressão ainda maior sobre o governo e, principalmente, sobre o Supremo. “É preciso que o Peluso assuma a defesa do plano e a interlocução que lhe é facultada constitucionalmente enquanto presidente do Supremo”, defendeu.

‘Não conquistamos nada ainda’

Para Saulo Arcangeli, diretor da federação nacional (Fenajufe) e do sindicato do Maranhão (Sintrajufe-MA), o resultado também foi importante e, ao mesmo tempo, insuficiente. “Nós não temos nada ainda, temos que manter a greve e a pressão, principalmente sobre o Supremo, até a aprovação”, disse.

“O projeto foi aprovado, mas é claro que a luta continua, isso aqui foi só uma batalha, não conquistamos nada ainda”, reforça Antonio Feitosa, servidor da Justiça do Trabalho em Recife (PE).

A servidora Rosicler Bonato, da JT de São José dos Pinhais, no Paraná, avalia que foi superada uma “etapa”, mas é necessário manter a greve para enfrentar a nova comissão.  “É necessário que a categoria se mantenha unida e firme na luta”, disse. “Mas [a vitória] dá uma energia extra que nós estamos precisando”, avaliou.

“O conjunto dos servidores tem que estar em mobilização e procurar junto da Comissão de Finanças que os deputados negociem com o governo para que de forma mais rápida se chegue a um entendimento”, disse.

Para o servidor José Augusto Hammerschmidt, também da JT do Paraná, a aprovação pode pressionar mais o Executivo e o Supremo. “Embora não haja acordo com o governo, a aprovação do nosso projeto na Ctasp é muito importante porque significa um avanço nas negociações e talvez com essa aprovação o governo se mostre mais flexível para um acordo”, finaliza, também defendendo a manutenção da paralisação nacional.

Por Hélcio Duarte Filho, enviado a Brasília
Luta Fenajufe Notícias

Quarta-feira, 16 de junho de 2010

Compartilhe

Veja também

Pessoas que acessaram este conteúdo também estão vendo

Busca

Notícias por Data

Por Data

Notícias por Categorias

Categorias

Postagens recentes

Nuvem de Tags