Milhares de trabalhadores, liderados pelas centrais sindicais, Frente Mineira em Defesa da Previdência Social e entidades sindicais, como o SITRAEMG, participaram do ato unificado contra a Reforma da Previdência realizado na tarde/noite dessa sexta-feira (22/03/2019), na Praça 7, em Belo Horizonte. O ato faz parte do conjunto de atividades de mobilização que vêm sendo discutidas nos últimos dias visando à derrubada da proposta de reforma do governo, materializada na PEC 6/2019.
Além de vários filiados do SITRAEMG, também estiveram presentes os coordenadores Carlos Humberto Rodrigues, Célio Izidoro, Elimara Cardoso Gaia, Adriana Mesquita, Artalide Lopes, Paulo José da Silva, Hélio Ferreira Diogo, Walace Marques e Fernando Guetti, e a conselheira fiscal Paula Meniconi.
O evento, que começou por volta das 17 horas, aos poucos foi atraindo gente e, ao final, superlotou a Praça 7, no cruzamento das avenidas Amazonas e Afonso Pena e ruas Rio de Janeiro e Carijós, em pleno coração da capital mineira.
Revezando-se ao microfone, assim como em faixas e cartazes, lideranças sindicais e associativas, além de alguns deputados federais presentes, protestaram contra todas as mudanças previstas na PEC 6/2019, lembrando que, no ano passado, a reação do movimento dos trabalhadores conseguiu fazer com que o governo Temer recuasse em relação à proposta de reforma previdenciária defendida por ele, através da PEC 287/16.
Os participantes do ato manifestaram-se dizendo que a proposta retira direitos históricos dos contribuintes do sistema previdenciário e reduzem drasticamente os benefícios, concluindo que o objetivo do governo é empurrar os atuais beneficiários do sistema para a Previdência Privada. Eles também manifestaram o temor de que o governo venha a substituir de vez o atual sistema, de partição e solidário, para o sistema de capitalização, que deixa ainda mais vulneráveis os trabalhadores. A propósito dessa mudança, muitos dos trabalhadores presentes denunciaram que o sistema de capitalização, que o governo ameaça implantar no Brasil, foi implantado no Chile e é motivo de muita insatisfação entre os trabalhadores daquele país, pois propicia o pagamento de aposentadoria em valores cada vez mais baixos em relação ao salário mínimo local.
“Um, dois, três, quatro, cinco mil. Ou para essa reforma ou paramos o Brasil”, avisaram os manifestantes. Ao microfone, os deputado federais Rogério Correia (PT/MG) e Marília Campos (PT/MG) garantiram que a intenção do governo era, com as reformas, é enriquecer ainda mais o sistema financeiro. Segundo Rogério Correia, um grupo formado por seis partidos de oposição garante pelo menos 150 votos contrários à PEC 6/2019.