SITRAEMG realiza assembleia setorial do TRT sobre a RA 63 e delibera pelo adiamento do envio de propostas para o GT

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Na noite dessa quarta-feira, 9, foi realizada, na sede do SITRAEMG, assembleia setorial dos servidores do TRT para discutir a implementação de mudanças na estrutura da Justiça do Trabalho em Minas a partir da Resolução Administrativa nº 63, do CSJT. A assembleia foi convocada emergencialmente após a participação do Sindicato na reunião do GT instituído através da Portaria 91/16, para elaboração de estudos relativos a tais mudanças. A assembleia foi conduzida pelo coordenador geral do SITRAEMG Alexandre Magnus, juntamente com os advogados Daniel Hilário e Juliana Benício, da Assessoria Jurídica. Mais tarde o advogado Rudi Cassel e o coordenador Célio Izidoro também se incorporaram a mesa. Compareceram 21 servidores à assembleia.

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Magnus abriu a assembleia fazendo um esclarecimento sobre como se deu a reunião do GT e justificando o chamado urgente para essa assembléia (veja AQUI). O líder sindical também falou sobre a reunião com a assessoria jurídica do Sindicato em Brasília, que teve como pauta esse tema, e acerca da tentativa de intervenção na RA através do TST (veja AQUI). Segundo o coordenador, existem muitos documentos para serem levados em consideração quando se fala em reestruturação do tribunal, como as RAs anteriores, as resoluções do CNJ e o mais recente PCA (Procedimento de Controle Administrativo) impetrado pela Amatra-3, no CNJ, contra o TRT-3, que já teve o seu acórdão publicado. No final de sua intervenção, o coordenador também leu as propostas já decididas pelo GT (veja AQUI), para que os servidores pudessem se aprofundar no debate de cada uma delas.

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Após a abertura, houve um intenso debate sobre a reestruturação, em que os servidores reclamavam principalmente sobre a falta de tempo e dados completos para intervir na reestruturação do tribunal. Vários servidores questionaram que o convite do GT para a participação do Sindicato apenas em sua terceira reunião, e com prazo tão curto para envio de propostas, tem o objetivo de apenas ajudar a legitimar uma proposta que eles de fato não podem intervir, pois não têm acesso aos dados importantes como número de cargos e funções e o orçamento que pode ser destinado a cada uma delas. Alexandre Magnus ressaltou que é a favor de todas as manutenções de todos os cargos e da criação de novos, porém sem uma ideia geral do orçamento fica impossível fazer uma proposta sem previsão de viabilidade. Segundo o coordenador, sem uma lei própria ou uma injeção orçamentária, toda proposta de criação de funções significarão o corte de funções em outros setores.

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Entre as propostas sugeridas pelo GT, a mais polêmica foi a extinção do setor de cálculos, com a remoção dos calculistas para as varas. Segundo os servidores, esse movimento seria ainda mais oneroso para o tribunal, além de não existir calculistas o suficiente para suprir a demanda de todas varas. Para a advogada Juliana Benício, a intenção do tribunal em mover os calculistas para as varas, é desvia-los de suas funções, “as atas não falam que vão haver calculistas em todas as varas, o que o tribunal quer é terceirizar o cálculo para as partes e completar o quadro de servidores das varas”, explicou. Segundo a advogada, a interpretação das atas leva a crer que o fechamento do setor de cálculo tem a ver com a retirada das funções comissionadas dos calculistas para destiná-las aos assistentes dos juízes. Outra posição polêmica na reunião foi a possibilidade de unificar as secretárias de dois ou mais gabinetes da segunda instância, sobrecarregando ainda mais os servidores do setor.

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Após o debate, os servidores concluíram que o mais prudente neste momento é que o SITRAEMG intervenha na próxima reunião do GT, pedindo um adiamento da implementação das alterações da RA 63, e, junto a isso, solicite mais tempo para o envio de uma proposta do Sindicato para o GT, a partir de um acesso mais transparente aos dados e orçamento da reestruturação. A assembleia também elegeu três servidores para uma comissão que deve estudar as atas, propostas, dados de orçamento, cargos e funções para elaborar a proposta dos servidores para o GT 91.

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  1. Solicitar o adiamento do prazo para entrega da contraproposta do Sindicato
  2. Suspender por prazo indeterminado a implementação da RA 63 e aguardar a tramitação/finalização do projeto que tramita no Congresso e prevê a criação de cargos no TRT
  3. Solicitar dados junto ao tribunal (quantidade funções, quais são elas, valores, como estão distribuídas, etc.)
  4. Eleição da comissão que irá auxiliar na elaboração das propostas e subsidiar o Jurídico formada pelos servidores: Peterson Santa Rosa Sarmento, José Henrique da Paixão Lisboa, Ingrid Cordeiro e Raimundo Rocha (porém estes últimos não encontrei cadastrados como filiados! Célio já está ciente quanto a isso).
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