Como combinado na reunião da manhã desta terça-feira, 1º, os servidores que vieram nas primeiras caravanas de Minas para a mobilização desta semana em Brasília, pela derrubada do Veto 26/15, saíram logo cedo e entusiasmados para o trabalho de corpo a corpo com parlamentares, agora – espera-se – em caráter decisivo, já que o veto está pautado para esta quarta-feira, 2/9, para a sessão do Congresso Nacional prevista para as 11 horas, no plenário da Câmara dos Deputados. Divididos em grupos, parte dos servidores foi para o aeroporto de Brasília para “receber” os senadores e deputados que chegaram de Minas para os trabalhos legislativos da semana.
Além disso, no final da tarde, os que retornaram do aeroporto e parte dos que já haviam concluído as tarefas de mobilização dentro da Câmara e do Senado se juntaram no barulhaço, ao som ensurdecedor das vuvuzelas, realizado em frente ao Palácio do Planalto e, posteriormente, ao lado do Senado Federal.
A seguir, breve relato dos trabalhos e informes desta quarta-feira, lembrando que, para a manha de amanhã, está prevista a chegada de mais pelo menos 300 servidores de Minas – somente de BH já saíram cinco ônibus agora à noite -, para ocupar Brasília, mais uma vez, e convencer os congressistas a votarem e derrubar Veto 26/15:
Mobilização no aeroporto de Brasília
Esse trabalho foi realizado por um grupo de servidores liderados pelos coordenadores gerais do SITRAEMG Alexandre Magnus e Igor Yagelovic. Segundo o grupo, foram abordados vários parlamentares, inclusive de outros estados. Dentre os contactados, reiteraram o compromisso de votar pela derrubada do veto os seguintes parlamentares: deputados Jair Bolsonaro (PP/RJ), Domingos Sávio (PSDB/MG), Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) e o senador Marco Feliciano (PSC/SP). Uma servidora veio para Brasília no mesmo avião em que estava o senado Antônio Anastasia, e este reafirmou-lhe sua promessa de votar em favor dos servidores.
Na Câmara e no Senado
Em razão das reuniões de comissões, incluindo a Comissão Mista do Orçamento (CMO), poucos deputados e senadores foram encontrados em seus gabinetes. Mesmo assim, os servidores conversaram com assessores dos parlamentares, apresentaram dossiê organizado pelo SITRAEMG com mais argumentos pela derrubada do veto. Muitos parlamentares, como os deputados mineiros Weliton Prado (PT) e Tenente Lúcio (PSB), foram encontrados nos corredores da Câmara e também reiteraram o firme propósito de votar pela derrubada do veto.
Barulhaço
O barulhaço dos servidores começou no início da tarde. Com as barulhentas vuvuzelas, eles se concentraram em frente ao Palácio do Planalto. A intenção era incomodar Dilma e o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ). É que corria o boato de que ambos iam se reunir hoje e os servidores temiam que a presidente da República fosse tentar convencer o presidente da Câmara a votar pela manutenção do veto 26/15. Soube-se, no entanto, durante a manifestação, que Cunha encontrava-se na Câmara. Surgiu, então, a suspeita de que o boato da reunião entre parlamentar e chefe do Executivo fosse apenas uma manobra com a tentativa de desviar os servidores do Congresso e os deputados pudessem votar e aprovar tranquilamente o substitutivo ao PLC 41/15, que trata da reposição salarial do funcionalismo do MPU, aprovado na semana passada pelo Senado.
O barulhaço foi, então, transferido para mais próximo da Câmara e do Senado. Além do som ensurdecedor da vuvuzelas, os servidores revezavam-se ao microfone para passar informes para os colegas presentes. Foi daí, por exemplo, que vieram as informações de que Cunha Lima, líder do PSDB no Senado, havia comentado que, pelo que tem apurado, pelo menos 314 deputados e 56 senadores estão propensos a votar pela derrubada do veto, que a sessão do Congresso Nacional agendada para esta quarta-feira, 2, está mantida, e que o veto 26 é um dos itens pautados.
Nas manifestações, além das vuvuzelas, eram exibidos cartazes, plaquetas e faixas, incluindo as do SITRAEMG, em favor da causa da categoria. Em meio à multidão, também estendiam-se bandeiras de vários estados, entre os quais Minas Gerais. E, em uníssono, todos entoaram a paródia com a seguinte letra: “Derruba o veto já, derruba o veto já, derruba o veto, derruba o veto já; derruba o veto já, derruba o veto já, derruba o veto, derruba o veto já”.
Mais fotos
No (ou a caminho do) aeroporto
No Congresso Nacional
Da manifestação de hoje
