A caravana de filiadas e filiados do Sitraemg realizou atos em Brasília, na última sexta-feira (23). Na parte da manhã, junto a filiados de outros sindicatos e coordenadores da Fenajufe, o grupo do Sitraemg acompanhou o início da sessão do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, (CSJT), que trataria da isonomia do auxílio saúde entre juízes e servidores.
Como a pauta foi retirada da reunião, os presentes se manifestaram na porta do Conselho.
O coordenador do Sitraemg e da Fenajufe David Landau enalteceu a presença de filiados não só da Justiça do Trabalho, mas também das justiças Eleitoral e Federal. “As lutas definidas no Congresso da Federação são lutas do conjunto da categoria. Os colegas que vêm das outras justiças estão aqui dando um exemplo de como a nossa categoria tem que estar unida. Porque, do outro lado está o poder econômico que rege muitas das diretrizes que são seguidas pelo governo, como o arcabouço fiscal”.
A filiada do Sitraemg e coordenadora da Fenajufe Paula Meniconi denunciou o “sequestro” do orçamento pelos juízes. “Eu sempre repito uma frase: a magistratura não conhece o teto de gastos, ela não conhece arcabouço fiscal, ela só conhece o céu, que é o limite. E agora não conhece sequer o lapso temporal, porque se, para o nosso plano de reestruturação da carreira, a categoria está de joelhos pedindo e esperando há mais de 500 dias que o senhor ministro Barroso envie para o legislativo, quando se trata de benefícios para os magistrados não são necessários sequer 500 segundos”, enfatizou.
Primeiro CSJT, depois STF
Após o ato no CSJT, a caravana do Sitraemg seguiu para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde realizou um ato simbólico, hasteando uma faixa gigante com o pedido: “Plano de Carreira já!”.
Aos gritos de “Greve já!”, “Plano de Carreira já!” e outras palavras de ordem, o grupo chamou a atenção de quem participava de atividades no Supremo, reforçando a cobrança para que o STF encaminhe o Plano de Carreira do PJU, protocolado desde dezembro de 2023, mas até agora sem qualquer movimentação.
O coordenador David Landau reforçou que o “Judiciário não são os prédios, nem os magistrados. Quem faz o Judiciário andar são os servidores, que estão desvalorizados há muito tempo. Defendemos a sobreposição e a valorização da nossa carreira. Só com luta vamos conseguir.”
Vergonha!
Após o ato no STF, a comitiva se dirigiu à Câmara dos Deputados, onde havia sido convidada pela assessoria da deputada Rosangela Reis (PL/MG) a visitar a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), no Anexo 4.
Contudo, a entrada foi barrada pela segurança legislativa. Apesar dos esforços da assessoria da parlamentar, apenas cinco integrantes foram autorizados a entrar, o que foi recusado pela comitiva. “Ou entram todos, ou não entra ninguém”, declarou Alexandre Magnus, coordenador-geral do Sitraemg e coordenador da Fenajufe.
O filiado Antônio Carlos de Andrade enfatizou que o ato no STF foi pacífico e ordeiro, mas, “mesmo assim, nos impediram acessar a Câmara”. Ele acrescentou que a caravana estava “em Brasília para lutar pelo Plano de Carreira, pelo fim do abismo salarial, pelo retorno da sobreposição e pelo ciclo de gestão. Sem greve, as portas não vão se abrir”.
Alexandre Magnus ficou surpreso com a decisão da segurança da Câmara. “Essa turma de Minas veio a Brasília para lutar pelo Plano de Cargos e Salários. Fizemos uma manifestação pacífica em frente ao STF e, ao chegar à Câmara, fomos impedidos de entrar, informaram que estávamos sendo monitorados. Um absurdo! Nunca passei por isso. Todos os nossos projetos transitam pelo Legislativo e sempre participamos de corpo a corpo,” afirmou.
Assessoria de Comunicação
Sitraemg