Acompanhe o Sitraemg nas redes sociais

STF erra ao acabar com o regime jurídico único, afirma Luiz Alberto dos Santos

“O STF é, como repetidamente dito, a instituição da República que tem o direito de errar por último. Mas também erra. E, no caso do julgamento da ADI 2.135, errou gravemente”, pontuou Luiz Alberto dos Santos, em artigo, no site Congresso em Foco
Compartilhe

No dia 6 de novembro de 2024, o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 2135, que questiona mudanças no regime jurídico dos servidores públicos. Em um artigo publicado no Congresso em Foco, o especialista em administração pública Luiz Alberto dos Santos analisa com profundidade o impacto dessa decisão.

Santos destaca que, ao autorizar a contratação de servidores pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o STF reverteu um direito conquistado na Constituição de 1988, representando um erro grave que fere os princípios de estabilidade e proteção dos servidores públicos. Ele traz um panorama detalhado sobre o histórico legislativo, desde a proposta da Emenda Constitucional nº 19, de 1998, durante o governo FHC, até os desdobramentos mais recentes no Supremo.

Para ler o artigo completo, clique aqui e veja os contundentes argumentos apresentados por Luiz Alberto dos Santos, no Congresso em Foco.

Implicações para o futuro do serviço público

A decisão do STF abre caminho para a flexibilização das contratações no serviço público, permitindo a adoção do regime celetista, o que pode ter consequências profundas para a estabilidade e os direitos dos servidores. Além disso, o julgamento trouxe à tona discussões sobre a autonomia do Legislativo e os limites de atuação do Judiciário.

O coordenador-geral do Sitraemg Alexandre Magnus reforça que mudança vai trazer prejuízos à sociedade, pois o servidor público estável, que denunciou irregularidades, vai ser perseguido e o novo “contratado pela CLT, muitas vezes, vem indicado por político”, afirmou.

A isenção do servidor público perante os sucessivos governos, em razão da segurança que lhe propicia o instituto da estabilidade, ficou bastante evidente em vários episódios recentes da política brasileira.

O mais famoso deles foi o caso da retenção, na alfândega do aeroporto de Guarulhos (SP), de um conjunto de joias que se encontravam na mochila de um militar assessor do então ministro das Minas e Energia Bento Albuquerque. Servidor concursado, e consequentemente efetivo no cargo, o auditor da Receita Federal, Mário de Marco Rodrigues de Souza, não titubeou: decidiu reter as joias ante a recusa do militar em pagar o imposto devido, mesmo com o relato deste de que elas teriam sido dadas de presente pelo governo da Arábia Saudita ao então presidente da República, Jair Bolsonaro.

Compartilhe

Veja também

Pessoas que acessaram este conteúdo também estão vendo

Busca

Notícias por Data

Por Data

Notícias por Categorias

Categorias

Postagens recentes

Nuvem de Tags