Foi realizada, também no último dia 21, data em que foram comemorados os 25 anos do SITRAEMG, a tradicional reunião mensal dos aposentados e pensionistas, que contou com a presença de inúmeros filiados (capital e interior). O encontro desse segmento aconteceu no período da tarde, no auditório do Sindicato.
A coordenadora de finanças e também do Núcleo de Aposentados e Pensionistas, Artalide Lopes Cunha, deu início à reunião agradecendo a todos pela presença e parabenizando-os por também fazerem parte dos 25 anos do SITRAEMG. Em seguida, Gilda Bandeira Falconi, ex-diretora do Sindicato e Artalide falaram sobre a reunião extraordinária do Mosap, realizada em São Paulo, no auditório da Unafisco, no último dia 20, que teve a finalidade de homenagear os fundadores e idealizadores do Mosap, Domingos Travesso e Idelbrando Zoldan.
E para falar sobre as principais lutas do segmento, o assessor parlamentar da entidade, Alexandre Marques foi convidado e fez referência à PEC 555/06 – projeto que prevê o fim da cobrança de contribuição previdenciária sobre os proventos dos servidores públicos aposentados e pensionistas – que depende apenas de ser pautada para votação e sanção. Em sua avaliação, o segmento deve continuar em movimento; “esse é o momento de mobilizar”, disse o assessor, lembrando que o governo tenta tirar a atenção dos servidores, sobretudo a dos aposentados, ao tratar a PEC 170 – aposentadoria por invalidez com valor integral. Para esta PEC, há previsão de acontecer, ainda nesta semana, uma audiência pública.
Políticas públicas para a Terceira Idade
Este foi o tema da palestra apresentada aos filiados, que contou com a participação da coordenadora de políticas sociais para idosos da Prefeitura de Belo Horizonte, Maria Fontana. Segundo ela, o objetivo da exposição é trazer para os aposentados e pensionistas filiados ao Sindicato, as inúmeras experiências da Coordenadoria de Direitos da Pessoa Idosa – CDPI –, vividas, principalmente, com idosos de famílias carentes. Feliz por ter tido a oportunidade de falar sobre o tema para os filiados ao SITRAEMG, Fontana destacou que estes são pessoas especiais. “Vocês têm visão e conhecimento, por isso têm o grande papel de alavancar os direitos dessa parcela da população”, argumentou, dizendo que a grande luta dos aposentados é pela “dignidade”.
A palestrante informou que a tarefa da CDPI é fazer um trabalho intersetorial, em parceria com diversas secretarias – combinação de setores, como, educação, saúde, lazer etc.. “Temos que partilhar, cooperar, se solidarizar, num sentimento de coletividade”, destaca. Fontana informou que em Belo Horizonte são mais de 300 mil pessoas idosas, com diferentes condições de vida – 75% delas são independentes e 25% semidependentes ou dependentes. Segundo a palestrante, apenas 1% é institucionalizado, participando de organizações sociais diversas, e, um grande número vive no isolamento. Fontana destacou a importância dos grupos de convivência que objetivam a melhoria da qualidade de vida dos idosos e frisou que o Brasil é um país muito rico em políticas públicas para a população idosa.
Visando o envelhecimento saudável e a defesa de direitos da pessoa idosa, a CDPI oferece, de acordo com as demandas apresentadas, alguns serviços e programas, dentre eles: oficina troca de saberes, com alunos de universidades; oficina de direitos; projeto história viva; acessibilidade; mediação de conflitos, com visitas domiciliares e parceria com a Defensoria; kit casa segura, que busca garantir segurança e autonomia para os idosos em suas residências, promovendo a redução de riscos de acidentes domésticos; inclusão digital e atividades físicas.
Ao término da palestra, Maria Fontana deixou o telefone do Conselho do Idoso (31) 3277-9865, que recebe ligações de denúncias – podem ser anônimas – acerca de maus tratos com idosos. Segundo a palestrante há muitos casos onde os idosos são mal tratados dentro de suas próprias casas. “Filhos ou familiares se apoderam de cartões benefícios de idosos e muitos destes são encontrados trancados dentro da casa”, desabafa Fontana, pedindo que, quando souberem de algum caso, que denuncie. “Nosso trabalho é chamar as pessoas ‘inteligentes’ para ajudarem os mais frágeis, a fim de que encontrem um país mais justo e solidário. Para que esse idoso possa vir a contar uma história que valha a pena”, conclui Fontana.
Em seguida, os presentes participaram do lanche de confraternização com os aniversariantes de dezembro 2013 e janeiro e fevereiro deste ano.
