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Governo federal continua repetindo que greve dos servidores foi “abusiva”

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Em matéria publicada no site do jornal O Estado de São Paulo desta sexta-feira, 21, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, citou a greve dos trabalhadores dos Correios e tornou a criticar a mobilização dos servidores públicos ao dizer que o direito de greve destes não pode “ferir o direito do cidadão de ter acesso aos serviços públicos”.

O discurso da ministra foi repetido por diversos representantes do governo federal durante toda a greve de servidores que tomou a maior parte dos meses de julho e agosto deste ano, como tentativa de desestabilizar a mobilização e desmoralizar as categorias frente à população, tendo a mídia como uma poderosa aliada nesse sentido. No entanto, a ministra esquece-se que a mobilização só chegou a tal vulto porque o próprio giverno federal mostrou-se inflexível e instransigente ao negociar.

Leia abaixo a matéria completa, da repórter Tânia Monteiro:

Para ministra, houve abusos na greve dos servidores federais

Em entrevista, Gleisi Hoffmann (Casa Civil) defendeu a regulamentação do direito de paralisação e criticou movimento recente da categoria

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, defendeu a regulamentação do direito de greve e criticou abusos praticados por servidores grevistas. “Vivemos em uma democracia, mas não podemos ter abusos. O direito de greve não pode ferir o direito do cidadão de ter acesso aos serviços públicos”, declarou a ministra, ao participar do programa Bom Dia Ministro, transmitido pela NBR, TV do governo federal, nesta sexta-feira, 21. A declaração foi feita logo após Gleisi criticar também a paralisação nos Correios.

Para a ministra, a regulamentação da lei de greve precisa ser debatida pelo Congresso. “Esse debate o Congresso deve à sociedade brasileira. Deve o debate, deve a discussão e deve uma definição”, afirmou, acrescentando que não está definido se o governo federal vai encaminhar ao Congresso o seu próprio projeto. Ela lembrou que os abusos cometidos pelos servidores durante as greves no serviço público federal certamente terão reflexos na legislação. “Com o abuso que tivemos nessa greve recente, vai ter reflexos”, disse, referindo-se ao texto que espera que seja editado pelo Congresso.

Ao citar a greve dos Correios, iniciada nesta semana, a ministra Gleisi argumentou que “há limites orçamentários”, que a situação econômica não é favorável à concessão de novos reajustes e que esses funcionários já tiveram seus salários aumentados no ano passado. “Eles já fizeram greve no ano passado, tiveram reajuste e embora todos tenham direito de reivindicar, mas temos de saber que tem limites e que tem uma situação econômica no país e que tem limites na questão orçamentária, no serviço público”, declarou elas, acentuando que, o TST determinou que pelo menos 40% dos trabalhadores dos Correios permaneçam trabalhando.

Gleisi Hoffmann, no entanto, evitou criticar a atitude do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que está cobrando reajustes para a sua categoria, defendendo aumento de 29,5%. “Nós mandamos todas as informações que vieram dos Poderes ao Congresso Nacional. O Congresso vai fazer a avaliação. O orçamento tem os seus limites. Nós temos de colocar nele o que é possível com a receita que é arrecada pelo imposto dos cidadãos”, respondeu a ministra, evitando polemizar com o procurador e tratar o tema como disputa entre Poderes.

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