20 mil marcham em Brasília e mandam recado à Dilma: o trabalhador não vai pagar pela crise

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Servidores mineiros levantam faixas de protesto em Brasília: recado para o governo foi dado (Fotos: Janaina Rochido)

Cerca de 20 mil trabalhadores de diversos segmentos, além de representantes dos movimentos de estudantes e dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), marcharam sob o sol de Brasília na manhã desta quarta-feira, 24, para cobrar que o governo federal atenda às pautas encaminhadas pelas diversas categorias de trabalhadores. A caravana do SITRAEMG, composta por 50 servidores, caminhou juntos aos participantes vindos de todo o Brasil carregando bandeiras e faixas. Os participantes saíram da Catedral de Metropolitana de Brasília, deram a volta no Congresso Nacional e então concentraram-se no gramado em frente ao órgão, para ouvir os informes das lideranças presentes à marcha.

O ato, organizado por centrais sindicais e outras entidades dos movimentos sindical, social e estudantil, deu um recado claro à presidenta Dilma Rousseff e seus ministros: os trabalhadores não pagarão a conta da crise econômica que ameaça chegar ao país. No caso específico dos servidores do Poder Judiciário Federal, os manifestantes cobraram uma resposta à pauta de reivindicações entregue à ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Míriam Belchior, em abril deste ano.

Dentre as cobranças dos servidores, estão o cumprimento do acordo feito com o governo Lula antes das eleições de 2010 para aprovação do PCS (PL 6613/2009) e a retirada de projetos contrários aos direitos dos servidores, como os PLP 549/09, o PL 248/98 e o PL 1992/07. As reivindicações contemplam também a paridade entre ativos, aposentados e pensionistas.

Críticas diversas ao governo

Outras lideranças sindicais também se manifestaram durante o percurso da marcha. Trabalhadores da Saúde e da Educação (estes últimos em greve atualmente) criticaram duramente a política do governo em não negociar. Também não faltaram críticas aos grandes investimentos feitos para a Copa do mundo de 2014, que, até agora, parecem não trazer nenhuma benesse de fato para a população, além de estarem cercados de suspeitas de fraudes.

Falando aos servidores de cima do carro de som, a coordenadora da Fenajufe, Jacqueline Albuquerque, relembrou os cinco anos sem reajuste dos trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU. Jaqueline também acusou o governo que enrolar os servidores, dizendo que não tem recursos para atender às reivindicações da categoria. “Não podemos aceitar mais essas desculpas. O governo precisa saber que os trabalhadores não vão pagar pela crise e nem admitir os cortes e a retirada de direitos”, disse a coordenadora.

Greve geral à vista

Várias falas durante o ato público ressaltaram a possibilidade de deflagrar uma greve geral do funcionalismo público federal para o final do mês de setembro, caso o governo mantenha sua postura de não conceder nenhum reajuste. A proposta deverá ser analisada também na Reunião Ampliada da Fenajufe, que será realizada nesta quinta-feira, dia 25, a partir das 10h, em Brasília. Na pauta da reunião estão o andamento das negociações sobre os projetos de lei 6613/09 (revisão salarial dos servidores do Judiciário federal) e 6697/09 (revisão salarial dos servidores do MPU) e a possibilidade de deflagrar uma greve da categoria por tempo indeterminado em todo o país. O SITRAEMG estará presente à ampliada com oito delegados e quatro observadores, eleitos na assembleia realizada no último dia 30 de julho.

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