Secretário de RH receberá entidades do funcionalismo, que vão dizer que não aceitam a tentativa de dividir e excluir os sindicatos do Judiciário e do Legislativo da negociação.
Representantes dos servidores públicos federais vão dizer ao secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, que não aceitam a divisão que o governo tenta impor nas negociações ao excluir as entidades representativas do Judiciário e do Legislativo da mesa de negociações.
Um documento deverá ser entregue na reunião prevista para acontecer na tarde desta quarta-feira (4), mais uma rodada do processo de negociação iniciado a partir da Marcha dos Servidores, que levou mais de 12 mil manifestantes a Brasília no dia 13 de abril, data em que a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, recebeu representações sindicais do funcionalismo pela primeira vez.
Esta reunião de negociação estava prevista para acontecer na terça-feira (3), mas acabou adiada por solicitação dos servidores, que com isso puderam participar de duas audiências públicas na Câmara dos Deputados sobre temas que integram a pauta de reivindicações da categoria: a aposentadoria integral e a medida provisória que cria uma empresa para administrar os hospitais públicos. “Não podemos admitir mais esta tentativa de divisão do funcionalismo por parte do governo”, afirma Saulo Arcangeli, diretor da federação nacional (Fenajufe) e do sindicato do Maranhão (Sintrajufe-MA).
Os sindicalistas argumentam, entre outras questões, que a política do governo para o funcionalismo também acaba atingido os servidores do Judiciário e do Legislativo, o que por si só é motivo para manter estes setores nas negociações. O PCS-4, por exemplo, não foi aprovado por conta de um veto do governo Lula, inicialmente, e de Dilma Rousseff, depois. Decisão que acabou aceita pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso.
Por Hélcio Duarte Filho, para o SITRAEMG