7º Congrejufe – Eleição é ponto alto do congresso da federação e MG está representada na disputa

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Acontece hoje, 31, a partir das 14h, o ponto alto do 7º Congrejufe: a eleição da nova Diretoria Executiva da Fenajufe e do Conselho Fiscal da entidade. Foram quatro chapas inscritas e os servidores mineiros está representados através de três membros da diretoria do SITRAEMG, que compõem a chapa do Movimento Luta Fenajufe, de oposição à federação. Tratam-de do presidente Alexandre Brandi e do diretor jurídico Alexandre Magnus, candidatos à coordenação executiva, e da diretora Etur Zehuri, candidata ao Conselho Fiscal. A eleição acontece hoje, a partir das 14h e, a partir das 18h, acontece a posse dos eleitos, antecedendo o encerramento do congresso. Além destes, outros mineiros estão compondo as chapas que disputarão a eleição, assim como na eleição do Conselho Fiscal, que também conta com os nomes de Alexandre de Oliveira, Hélio Ferreira Diogo e José Francisco Rodrigues (membro do Conselho Fiscal do SITRAEMG).
Em reunião para composição da chapa na tarde de ontem, 30, Alexandre Brandi defendeu a candidatura dos nomes de Minas “por já serem quatro anos trabalhando em busca de uma Fenajufe melhor e mais independente, em prol dos servidores”, disse. Gilda Falconi, diretora do Sindicato, defendeu a presença de Brandi e Magnus na chapa, por serem nomes novos, “o que condiz com a proposta de renovação na diretoria da federação”, argumentou. Ela também destacou que a presença de Alexandre Magnus na chapa seria uma representação dos servidores do interior de Minas, que são cerca de 60% dos filiados do SITRAEMG e estão sempre presentes em mobilizações e decisões da categoria no Estado. Outros servidores presentes à reunião também pediram a palavra e apoiaram a presença mineira nestas eleições, destacando que a luta no Estado tem sido bem encaminhada e que “este trabalho precisa aparecer mais, em nível nacional”.
Após o registro da chapa, Alexandre Magnus declarou que é preciso insistir na na renovação, “em um grupo classista, de luta e que não aceita as propostas de retirada de direitos dos servidores do judiciário federal, tais como o direito de greve e remuneração condizente com os órgãos do legislativo e do executivo”, afirmou o diretor. As chapas que compõem a disputa pela diretoria da Fenajufe são as seguintes:

  • Chapa 10 – Unidade pra vencer (responsável Ramiro Santana Moreno López-RS);
  • Chapa 11 – A Fenajufe pode mais (Responsável José Carlos Pinto de Oliveira-RS);
  • Chapa 12 – Luta Fenajufe (Responsável Saulo Costa Arcangeli-MA);
  • Chapa 17 – Renovação (Responsável Gérner Márcio Gomes de Matos-RO).

Cada chapa tem 23 componentes e todas são compostas por delegados, exceto a chapa Luta Fenajufe, que tem um observador como integrante. Os observadores podem ser votados, mas não podem votar.

Bandeiras de luta

Relembre abaixo as bandeiras de luta defendidas pela atual diretoria do SITRAEMG e pelo Movimento Luta Fenajufe, que são as seguintes:

– Jornada de 6h, não à Resolução 88/2009 do CNJ
É tarefa do Congrejufe organizar a luta nacional pela jornada de 6 horas, contra a resolução do Conselho Nacional de Justiça que tenta aumentar a jornada. Hoje, apesar da importância do tema, esta luta não vem sendo travada de forma conjunta, coordenada nacionalmente e que envolva o maior número possível de servidores e de entidades.
– Luta pela revisão salarial
O prazo é curto e não temos tempo a perder. A luta pela revisão salarial (PCS-4) e contra o congelamento é prioridade. É tarefa do Congrejufe preparar a categoria para os momentos decisivos que teremos pela frente e, para evitar surpresas, começar a construir as mobilizações e a possível greve nacional pela aprovação do projeto.
– Desfiliação da CUT
A Central Única dos Trabalhadores há muito tempo deixou de ser uma entidade que defende os interesses dos trabalhadores ou dos servidores em especial. Ao contrário, tornou-se um braço sindical do governo Lula e que hoje também anda de braços dados com grande empresários. A maioria dos sindicatos filiados à Fenajufe não está na CUT – parte se desfiliou, outra nem havia entrado. Não há motivos para manter a filiação e a contribuição mensal a essa entidade.
– Denunciar e combater os ataques do governo Lula aos servidores
Há uma série de projetos defendidos pelo governo Lula, alguns deles oriundos ainda da gestão de FHC, que atacam os servidores e que estão para ser votados na Câmara ou no Senado (na mídia, o atual governo tenta se diferenciar de FHC, mas na prática mantém a política e os projetos). Dentre eles, o que congela os salários dos servidores por dez anos, o que abre caminho para as demissões por insuficiência de desempenho (seja lá o que isso signifique) e o que na prática proíbe o direito de greve nos serviços públicos. A Fenajufe precisa se posicionar claramente contra essas propostas defendidas pelo governo e ajudar a organizar as lutas conjuntas contra elas.
– Retomar a luta por um Plano de Carreira
Organizar a luta para conseguir aprovar o PCS-4 e barrar a tentativa de congelamento é muito importante. Mas também é preciso retomar a discussão em torno da defesa de um plano de carreira que de fato contemple todas as demandas da categoria e que dê ao servidor a perspectiva de avançar e ascender na carreira.
– Lutar pela Paridade entre ativos e inativos
Devemos unir forças no sentido de assegurar para os aposentados e pensionistas os mesmos vencimentos dos servidores da ativa. Todos pretendemos chegar à aposentadoria. E muitos já a conseguiram. A paridade nos garantirá meios de a atingirmos com saúde e qualidade de vida.

– Condições de trabalho, concurso público e fim do assédio moral
Um grave problema enfrentado pelos servidores em todo país são as condições precárias de trabalho, o excesso de serviços, o déficit de servidores e as pressões por metas, que levam ao aumento do assédio moral e a um Poder Judiciário mais preocupado com números do que com efetivamente fazer justiça.
– Fenajufe: falta democracia interna e independência frente ao governo
Nos últimos anos, notadamente em episódios ocorridos antes da chegada do projeto de lei do PCS-4 ao Congresso, a federação nacional (Fenajufe) pecou pela falta de democracia e transparência em seu funcionamento. O caso das reuniões não divulgadas (secretas?) de integrantes do setor majoritário com dirigentes da cúpula do Judiciário é uma das demonstrações disso. Outro aspecto lamentável foi a aproximação da entidade, que é patrimônio de toda categoria, com o governo federal. A independência frente a governos e administrações é um princípio do qual o sindicalismo combativo não pode abrir mão.

Fonte: Assessoria do SITRAEMG – com informações da Fenajufe

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