Servidores cobram de Lewandowski pressão antes do 2º turno por PCS

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Os servidores cobraram do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowski, a busca de uma solução para o impasse orçamentário com relação ao PCS-4 antes do segundo turno das eleições presidenciais. Mas Lewandowski, que recebeu representantes da federação nacional (Fenajufe) na noite de quinta-feira (14), não demonstrou condições de fazer isso agora, em meio ao processo eleitoral.

Disse que até poderia tentar um contato com o presidente Lula, como fora solicitado, mas que não via eficácia nisso sem a presença do ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal. Prometeu, encerradas as eleições, se empenhar para buscar, junto com Peluso, uma solução com o presidente Lula para a aprovação do PL 6613/2009, referente ao plano de cargos e salários da categoria. No entanto, ao longo de uma rápida conversa, Lewandowski acabou reconhecendo que após as eleições o seu poder de pressão ‘diminuirá muito’.

 Ministro foi ‘avisado’ sobre reunião nacional

Assim que recebeu os representantes da categoria, em seu gabinete em Brasília, para uma audiência previamente marcada, o presidente do TSE pediu desculpas e disse que teria apenas “dois minutos” para falar com os servidores, devido a outros compromissos – minutos que acabaram estendidos a pouco mais de dez. “Para não perder tempo, disse a ele que lideranças sindicais da categoria de todo país estariam reunidas em Brasília, no sábado, ansiosas por informações e muito preocupadas com a lentidão nas negociações do PCS”, relata Antonio Melquíades, o Melqui, dirigente da Fenajufe e do sindicato de São Paulo (Sintrajud), um dos seis diretores da federação que participaram da negociação – também estiveram presentes Roberto Policarpo, Evilásio Dantas, Zé Carlos Oliveira, Ramiro Lopez e Hebe-Del Batista Bicalho.

 ‘Inclusão no orçamento’

Os trabalhadores pediram ainda ao presidente do TSE que intermediasse uma reunião com o ministro Cezar Peluso, que desmarcara a audiência que estava prevista para véspera e só abriu espaço em sua agenda para receber a federação em novembro.

Por mais de uma vez os sindicalistas insistiram para que o ministro procurasse o presidente Lula para buscar, ao menos, garantir a inclusão da previsão do PCS no orçamento de 2011. Ele chegou a sugerir, então, que os próprios servidores marcassem uma audiência com Lula ou Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, e que ele iria junto. Naturalmente, os dirigentes sindicais ponderaram que quem “tinha o telefone” do presidente era ele, não os servidores. “Enfatizamos para ele que tem que pressionar o Lula agora, nem que seja para resolver o problema do orçamento”, disse Melqui.

Por Hélcio Duarte Filho,
jornalista do LutaFenajufe, especial para o SITRAEMG

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