O governo Temer, com sua fiel tropa de choque no Congresso Nacional comprada a peso de ouro, tem conseguido aprovar as mais absurdas propostas de lei, retirando direitos centenários da classe trabalhadora e da população como um todo, mandando às favas o serviço público, a cidadania e a soberania nacional, sucateando o patrimônio público e ativos públicos e entregando “de bandeja”, para transnacionais estrangeiras, estatais estratégicas para o país para a competitividade no mercado internacional.
Por suas políticas essencialmente privatistas, o governo Temer, apesar de bater todos os recordes de impopularidade, conta com o apoio total e incondicional da imprensa nacional.
Não é à toa que o Executivo vem investindo pesado na segurança pessoal da Presidência da República. Mas os parlamentares, com suas idas (e vindas) semanais a Brasília, acabam ficando expostos e se tornando presas fáceis no tête-à-tête com os cidadãos comuns. E foi em uma dessas ocasiões que o senador Romero Jucá (PMDB/RR) teve que passar pelo constrangimento de ser gravado por uma mulher, dentro do avião, lhe fazendo indagações sobre sua postura eternamente governista e seu envolvimento em esquemas de corrupção.
Mais hilário nessa gravação é que Jucá teve a audácia de dizer a sua interpelante que está ajudando a “salvar” o Brasil. Natural de Recife (PE), Jucá, que assim como Sarney, que saiu para se lançar ao Senado pelo Amapá, também se tornou senador por outro estado (Roraima), tem uma longa trajetória política vinculada ao Palácio do Planalto. Foi presidente da FUNAI (Fundação Nacional do Índio), de maio de 1986 a setembro de 1988; diretor de Abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Secretário Nacional de Habitação do Governo Federal, em 1992, durante o governo Collor; vice-líder do governo no Senado, na era FHC; ministro da Previdência Social, entre março e julho de 2005, no primeiro mandato de Lula; líder do governo no Senado, nos governos Lula e Dilma; ministro do Planejamento no governo Temer; e voltou a se líder do governo no Senado também no atual governo. Conforme registros encontrados na internet, ele só não ocupou cargo atrelado ao governo durante o mandato de Itamar. Aí fica a pergunta: por que somente agora veio ajudar a “salvar” o Brasil?
Vale a pena conferir a gravação, em dois vídeos em ângulos diferentes.
