Último ato público antes da Greve convoca servidores a fazerem um grande movimento em prol do PCS

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Agora é para valer: hoje aconteceu o último ato público antes da deflagração da greve dos servidores do Poder Judiciário Federal em Minas Gerais, marcada para acontecer a partir de 12 de maio. Cerca de 300 servidores, reunidos em frente ao prédio do TRE, em Belo Horizonte, apoiaram a pressão exercida contra a intransigência do governo com apitaços, camisas, bandeiras, coletes e tarjas pretas. O ato de hoje foi precedido por um trabalho de panfletagem efetuado pela equipe do SITRAEMG nos três prédios do TRE localizados na avenida Prudente de Morais e na nova unidade, na avenida do Contorno, para a qual foram transferidos todos os cartórios eleitorais da capital mineira.

O presidente Alexandre Brandi, como de costume, convidou os servidores a descerem de seus locais de trabalho e “engrossarem” o ato em frente ao prédio, enquanto falava da quantidade de servidores presentes aos encontros anteriores, que variaram entre 300 e 400 pessoas. “Todas as carreiras correlatas às nossas já tiveram seus reajustes, só falta a nossa. Não ficaremos sem a nossa revisão, isso só acontecerá se não formos solidários com os colegas que já estão em greve, se não participarmos também”, disse Brandi, logo após dar os informes da greve em todo o país – que pára completamente no dia 12, quando entrarão em greve os últimos estados (veja quadro de greve atualizado em 10/05 aqui).

O ato de hoje teve a presença de Ana Luiza Figueiredo, diretora do Sintrajud-SP e coordenadora da Fenajufe, que reforçou a necessidade de empenho na construção da greve uma vez que a postura do governo não é novidade. Ana teceu duras críticas ao relacionamento entre o governo e os banqueiros, e ainda lembrou escândalos de corrupção acontecidos recentemente: “Não vamos permitir que esse reajuste, que é o nosso dinheiro, vá parar nas meias daqueles safados de Brasília”, afirmou a sindicalista.

Completando o que Ana Luiza disse, o diretor jurídico do SITRAEMG Fernando Neves leu para os presentes notícia veiculada hoje na Agência Câmara de Notícias, que informava aprovação da Comissão de Finanças e Tributação (próxima pela qual o PL 6613/09 deve passar, após sair da CTASP) para concessão de aumento de salário para quase 33 mil servidores federais (leia a notícia aqui) e questionou a afirmação do governo de qua não há verba para a revisão salarial dos servidores do judiciário federal: “de onde saiu isso [a verba], minha gente? Vejam que há, sim, dinheiro para pagar o servidor – tudo depende da categoria se mobilizar e do [Cézar] Peluso e do [ministro Ricardo] Lewandowski levarem nosso pleito ao governo”, concluiu.

Dúvidas sobre a greve

O presidente do SITRAEMG também aproveitou o momento para tirar dúvidas dos presentes sobre o funcionamento dos órgãos durante a greve. A principal delas é sobre que tipo de serviços devem ser mantidos durante a paralisação e se haverá retaliações das administrações dos tribunais. “A greve nunca é um movimento consentido, nem é um movimento de patrões, mas sim de trabalhadores”, disse Alexandre Brandi, completando que “o Sindicato está em constantes negociações com as administrações dos tribunais e todas elas nos garantiram que não haverá retaliações”. Quanto aos serviços a serem mantidos, o presidente informou que 30% do expediente deve funcionar, com os servidores revezando-se entre si no trabalho. Outros detalhes estão disponíveis na Cartilha de Greve distribuída no ato, que também pode ser acessada em PDF clicando-se aqui. No entanto, Brandi reafirmou o objetivo do movimento: “amanhã é greve, é para não vir trabalhar”, frisou.

Os presentes ao ato também receberam um calendário com a programação de atividades para os próximos dias (veja aqui) e foram esclarecidos de que a presença do Sindicato na porta dos tribunais logo pela manhã não siginifica um “piquete”, não significa que quem quiser entrar será impedido de trabalhar. A ação será um trabalho de convencimento e conscientização sobre a importância da parada geral dos prédios para pressionar pela aprovação do PCS. “Façam um chamamento aos colegas para que não somente compareçam aqui embaixo, mas para que ajudem a trazer mais pessoas”, pediu o presidente do Sindicato.

Trabalho de convencimento

O diretor Fernando Neves pediu, ao microfone, para servidores disponibilizarem-se para, junto aos diretores, percorrerem os prédios dos tribunais fazendo um corpo-a-corpo com a categoria, levando informações sobre a greve e fazendo um chamamento para que a adesão ao movimento seja maciça. Logo após o ato em frente ao prédio do TRE, um grupo formado por 12 pessoas – entre diretores do SITRAEMG e servidores – dirigiu-se ao prédio da Justiça federal, na avenida Álvares Cabral, a fim de panfletar e chamar para as próximas atividades. O objetivo é fazer o mesmo nos prédios da Justiça do Trabalho amanhã (12) e depois (13).

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