A PEC 287/16, da Reforma da Previdência, foi aprovada nessa quarta-feira, 3 de maio, pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados, por 23 votos a 14. Ainda faltam ser votados os destaques apresentados ao texto. Mas o projeto ainda terá que ser votado pelo plenário, em dois turnos, antes de seguir para o Senado.
Dos 23 votos favoráveis (contra os trabalhadores) à PEC 287/16, na votação de ontem, quatro foram de deputados federais mineiros: Carlos Melles (DEM), Aelton Freitas (PR), Bilac Pinto (PR) e Marcus Pestana (PSDB). Entre os 14 que votaram contra a PEC 287/16 (a favor dos trabalhadores), apenas um mineiro: Eros Biondini (PROS).
Mobilização dos trabalhadores deve se intensificar, para proposta não ser aprovada em plenário
Apesar de o texto ter sido aprovado em sua primeira fase de tramitação, o percentual de votos obtido pelo governo ontem (48,93% dos votos da comissão) revela que não vai ser fácil o mesmo êxito nas votações em plenário, em que é necessário um mínimo de 3/5 (60%) do total de votos da Casa (308 de 513) para aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição, como é o caso da proposta da reforma da Previdência.
Mostra, também, os efeitos altamente positivos da forte mobilização dos trabalhadores do serviço público e da iniciativa privada, que vem desde o ano passado, contra todas as propostas do governo que só visam retirar direitos da classe trabalhadora.
Mas as mobilizações não podem parar. É sabido que este governo e a maior parte dos integrantes do Congresso Nacional, na Câmara e no Senado, estão alinhados às políticas governamentais voltadas unicamente para o empresariado, para o privatismo e para o entreguismo. Para impedir que as propostas nesse sentido, como é o caso das Reformas da Previdência e Trabalhista, sejam aprovadas, é preciso que as mobilizações se intensifiquem, com o povo ocupando as ruas em atos públicos, passeatas e, se necessário, nova Greve Geral.
O SITRAEMG já está organizando novas caravanas para mobilização, em Brasília, nos dias das próximas votações. Aguardem novas informações.
Confira os nomes, siglas partidárias e fotos dos deputados federais que votaram contra os trabalhadores:
