SITRAEMG presente no lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência

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O auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados, ficou completamente lotado ontem (quarta-feira, 20) com a presença de servidores públicos, trabalhadores da iniciativa privada e representantes de entidades sindicais, associativas e dos movimentos sociais de vários estados e do Distrito Federal que compareceram para as atividades de lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social na atual legislatura. A Frente foi lançada originalmente em 30 de maio de 2016, com o objetivo de mobilizar a população para a luta pela manutenção dos direitos sociais e por uma reforma estrutural da captação de recursos nos termos da legislação atual, com o propósito de garantir a segurança jurídica e atuarial do sistema de Seguridade Social Brasileiro.

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Caravana do SITRAEMG presente nas atividades na Câmara dos Deputados – Fotos: Gil Carlos

O SITRAEMG, que é uma das entidades parceiras da Frente desde o início, esteve mais uma vez presente, representado por uma caravana formada pelos seguintes filiados: coordenadores Carlos Humberto Rodrigues (Justiça Federal), Paulo José da Silva (TRT – aposentado), Célio Izidoro (TRT/BH), Adriana Mesquita (TRE/Igarapé), Hélio Ferreira Diogo (TRT), Nestor Santiago Santos (Justiça Federal), Artalide Alves Lopes (TRT-aposentada) e Walace Marques Coelho (Justiça Federal-Governador Valadares), além dos colegas Alzira Auxiliadora dos Santos (TRE-BH), Tâmisa Gonçalves (TRE-BH), Alírio Cesar de Almeida Gomes (Justiça Federal-BH), Luis Antônio Matias (TRT-BH), Márcia Olegária da Silva (TRE-Brasópolis). Também esteve presente Ilvia Franca, coordenadora da Frente Mineira e em Defesa da Previdência Social.

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Composição da mesa no primeiro período das atividades, de manhã

O senador Paulo Paim (PT/RS), que foi um dos idealizadores da Frente, juntamente com deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), que não foi reeleito para a atual legislatura, esteve mais uma vez ontem na condução da mesa, juntamente com os outros nove parlamentares que compõem um colegiado que coordenará a iniciativa ao longo dos próximos quatro anos: senadores Elisiane Gama (PPS/MA), Jorge Kajuru (PSB/GO), Randolfe Rodrigues (Rede/AP) e Weverton Rocha (PDT/MA), e os deputados “André Figueiredo (PDT/CE), Bira do Pindaré (PSB/MA), Bohn Gass (PT/RS), Professora Marcivânia (PCdoB/AP) e Rodrigo Coelho (PSB/SC).

Álbum de fotos do evento
Lançamento FPMDPS na Câmara dos Deputados

A atmosfera positiva em torno da luta contra a proposta de Reforma da Previdência, agora como PEC 6/2019, acabou levando mais e mais parlamentares a declararem apoio à causa da Frente à medida que transcorriam os debates de ontem. Os nomes dos novos apoiadores iam sendo citados pela mesa e recebendo os aplausos da plateia, que também se repetiram quando o senador Paulo Paim informou que até alguns parlamentares do partido do presidente da República, o PSL, já se declararam contra a reforma, e relatou que as manchetes do dia da grande imprensa retratavam certo desânimo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ) e vários outros integrantes da base do governo em relação à aprovação da reforma. A reação da plateia foi de sonora vaia quando Paim informou a chegada do presidente Jair Bolsonaro à Câmara para entregar a Maia a proposta de reforma previdenciária dos militares.

Todo o período da manhã foi dedicado a depoimentos de parlamentares da Frente e representantes das centrais sindicais. Todos defenderam a necessidade do envolvimento de toda a sociedade na luta contra a PEC 6/2019. Muitos deles aproveitaram a oportunidade para convocar para os atos públicos que serão realizadas nesta sexta-feira (22/03), em várias capitais do país, incluindo Belo Horizonte (veja AQUI), e alguns até defenderam a realização de uma grande greve geral.

A seguir, pequenos trechos dos depoimentos de alguns:

Senador Paulo Paim (PT-RS) – O problema é só de gestão, de fiscalização, de combate à sonegação, de combate à corrupção de apropriação indébita”.

Deputado Bohn Gass (PT-RS) – “O governo diz que vai atacar privilégio. Não ataca privilégio nenhum porque 85% do valor que ele quer arrecadar vem do abono da pensão da população mais pobre”.

Clemente Ganz, do Dieese – “O que o governo diz com a reforma é: ‘queremos gastar menos com vocês. Não queremos bancar. Queremos que essa parte da riqueza vá para os bancos, rentistas e ricos’”.

Edson Guilherme Halbert, do Mosap – “A reforma prejudica toda a sociedade brasileira. Não queremos que o trabalhador brasileiro morra antes do tempo. O Mosap fará reuniões em todos os estados contra a PEC”.

Deputado Henrique Fontana (PT/RS) – “Capitalização é privatização (da Previdência)”; “Não é a falta da reforma que vai inviabilizar o Brasil. É a especulação financeira, que impede a impulsão da produção e do emprego”.

Deputada Érika Kokay (PT/DF) – “Esse auditório cheio é o a prova de que a luta está forte e essa reforma não passará”.

Antônio Neto, da CSB – “Temos que traduzir (para a população) que a Previdência é e deve continuar sendo solidária”; “Dia 22/03, vamos nos reunir e dar um basta, dizer ‘não’ à reforma da Previdência”.

Deputado Assis Carvalho (PT/PI) – “Não vamos aceitar essa reforma”.

Ubiraci Dantas – Bira (CGTB) – “Quem apoiar essa PEC estará traindo o povo brasileiro”.

Deputada Professora Marcivânia (PCdoB/AP) – “Estão tirando a cidadania da Constituição Cidadã com a aprovação da PEC do Congelamento, a Reforma Trabalhista e agora com (a tentativa de aprovar) a reforma da Previdência”.

Deputado Marcelo Freixo (PSOL/RJ) – “Ele (Bolsonaro) não propõe uma nova Previdência; ele propõe é acabar com a Previdência e a regra de repartição”; “Proponho explicarmos ponto a ponto (da proposta de reforma) à população”.

Deputado José Guimarães (PT/CE) – “É importante lançar a Frente também para os deputados estaduais”, sugeriu, informando que as oposições vão entrar com uma ADI arguindo a inconstitucionalidade da PEC 6/2019 e reforçando chamado para as mobilizações desta sexta-feira (22/03).

Graça Costa, da CUT – Elogiou a carta dos governadores do Nordeste (governadores da Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, e o vice de Alagoas) contra a proposta de Reforma da Previdência e outras políticas públicas do governo Bolsonaro.

Adilson Araújo, da CTB – “A desconstitucionalização da Previdência é (prevista na PEC 6/2019) tornará a Constituição Federal ‘letra morta’”.

Senadora Zenaide Maia (Pros/RN) – “A proposta vai, além de prejudicar os trabalhadores, inviabilizar a economia”. “A retirada de direitos dos trabalhadores é para garantir a segurança jurídica para investidores que querem ganhar dinheiro, o lucro”.

Senador Jaques Wagner (PT/BA) – “Essa guerra (contra a reforma) será vencida com todos – movimentos sindical e da sociedade organizada – na rua, para explicar à sociedade o que está por trás da reforma”.

Deputado Glauber Braga (PSOL/RJ) – “Se Bolsonaro quer ficar de joelhos para Trump, nós, trabalhadores, não vamos ajoelhar para o desmonte da Previdência pública”.

Deputado Pompeu de Matos (PDT/RS) – “Bafo na nuca deles (deputados). Temos que apertar o cerco, dizer que, se votarem (a favor da reforma), nem os (parentes) deles vão votar neles”.

Subtenente Gonzaga (PDT/MG) – Aconselhou os servidores a se mobilizarem bastante junto aos demais parlamentares contra a reforma. Ele já tem posição firmada integralmente contra a proposta do governo.

Deputado Camilo Capiberibe (PSB/AP) – “Vamos à luta contra essa proposta. Eu e todo o PSB”.

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