O Sitraemg recebeu, na segunda-feira, 10 de março, ofício da diretora-geral do TRT3, Patrícia Helena dos Reis, junto com cópia do laudo técnico da estabilidade e segurança estrutural do prédio do Tribunal da Rua Curitiba, 835, em Belo Horizonte, que sofreu um princípio de incêndio, em seu 1º andar, em 21 de novembro passado.
“Informo-lhes que o fluxo de tratamento e prevenção de incidentes está em fase de atualização e aprimoramento, pelo que será enviado oportunamente”, escreveu a diretora-geral no ofício.
Ela já havia adiantado, em reunião com a Direção do sindicato ocorrida em 7 de março, que o laudo já estava pronto e seria enviado posteriormente à entidade, conforme solicitado. Na mesma reunião na qual também foi discutido o auxílio-saúde dos servidores da Justiça do Trabalho.

O documento foi elaborado por uma equipe técnica chefiada pelo engenheiro Marco Túlio Fleury de Carvalho, entre os meses de dezembro de 2024 e janeiro de 2025, com a finalidade de avaliar os impactos do incêndio no imóvel.
Os técnicos concluíram que não houve danos que possam comprometer a estrutura do edifício. Foi detectada uma perda de módulo de elasticidade do concreto da laje de cerca de 23,7% compatível com um aquecimento de cerca de 300 graus. Para correção do problema, a equipe indicou duas opções: acréscimo da espessura da laje, com a demolição do contrapiso e alteamento do piso do pavimento superior, ou a implantação de vigas em aço diminuindo o vão das lajes.
De acordo com o laudo, não haverá necessidade escoramento das lajes, nem do isolamento de elemento neste momento. A viga do refeitório também foi preservada, segundo os técnicos, porque o reboco impediu o aumento da temperatura no concreto.
“O 1º e 2º andares do edifício podem continuar sendo utilizados normalmente. Demais andares do prédio também podem ser utilizados normalmente e os servidores podem voltar a ocupar o prédio sob o ponto de vista estrutural”, indica, por fim, o documento.
Resposta da PBH sobre a vistoria
O Sitraemg obteve resposta também da Prefeitura de Belo Horizonte sobre a vistoria que eventualmente teria sido realizada no imóvel do TRT3 pelo órgão da Defesa Civil do município.
De acordo com o documento da PBH, não foi necessária a vistoria em razão da informação do Tribunal de que, logo após o incêndio, os funcionários ocuparam outras salas e isolaram os locais afetados.
Segundo a PBH, o TRT3 foi orientado a “zelar permanentemente pelas condições de conservação, estabilidade, segurança e salubridade do imóvel”.
Entenda o caso
“As chamas teriam começado em uma geladeira no 1º andar do prédio, que tem 11 andares. Assim que os militares chegaram ao local, dez pessoas ainda estavam no prédio, no 10 º andar, que acabou totalmente evacuado. O incêndio foi rapidamente controlado. Ninguém ficou ferido”, confirmou o laudo do TR3.
Felizmente, o fogo foi debelado poucos minutos depois, com a chegada rápida do Corpo de Bombeiros. Porém, o susto, a fumaça e o medo de alastramento das chamas deixaram em pânico os poucos servidores e trabalhadores terceirizados que ainda se encontravam no edifício, já próximo do fim do expediente, enquanto os bombeiros atuavam no primeiro andar.
Depois dos muitos apelos feitos pelo sindicato, a administração do TRT3 decidiu estender a suspensão do trabalho presencial até o dia 14 de fevereiro, autorizando o teletrabalho para os servidores.
O sindicato acompanhou os desdobramentos do sinistro logo que tomou conhecimento do ocorrido. Esteve no local, registrou os efeitos do incêndio em fotos e vídeos, conversou com os servidores e cobrou da Administração a autorização do teletrabalho e cópias do laudo técnico e vistorias. Também pediu medidas urgentes visando a dar segurança aos trabalhadores e frequentadores do imóvel.
A entidade espera, agora, que o Tribunal providencie, com urgência, a execução dos serviços de correção dos problemas do imóvel decorrentes do incêndio.
Pendência no TRF6
O sindicato aguarda, também, o laudo do acidente do TRF6 que culminou na morte do trabalhador Aldemir Rodrigues de Souza, no dia 2 de dezembro passado. Ele despencou do 17º andar do edifício Oscar Dias Correia, em Belo Horizonte, quando realizava serviços de manutenção dos equipamentos.
Assessoria de Comunicação
Sitraemg