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Sitraemg em ação: Fórum de Carreiras do CNJ ignora dados orçamentários e adia debate sobre reestruturação das carreiras

Coordenador-geral do Sindicato foi enfático ao afirmar, no Fórum, que espaço orçamentário existe e que outras carreiras avançaram na reestruturação e deixaram o PJU para trás
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A última reunião do ano do Fórum de Carreiras do Conselho Nacional de Justiça, realizada nesta quinta-feira, 18 de dezembro, terminou com forte indignação do coordenador-geral do Sitraemg e coordenador da Fenajufe Alexandre Magnus. Ele denunciou que, mais uma vez, o espaço que deveria servir para o debate qualificado sobre a valorização das carreiras optou pelo adiamento e pela recusa em discutir a realidade orçamentária do Poder Judiciário da União. Também acompanhou a reunião a coordenadora do sindicato Liana Theodoro.

Durante a reunião, Alexandre Magnus, informou que o sindicato possui um estudo técnico elaborado pelo economista Jean Peres (leia mais aqui), que comprova a existência de mais de 5 bilhões de reais de sobra no orçamento do PJU para 2026. Esses recursos seriam suficientes para antecipar o debate e o início da reestruturação das carreiras, sem comprometer os reajustes já previstos. “Eu pedi a palavra, falei sobre o estudo orçamentário do Sitraemg, falei que a Fenajufe também tinha o estudo. A gente não poderia deixar o cavalo selado passar para 2026. O dinheiro existe”, afirmou Alexandre Magnus durante sua intervenção.

O coordenador detalhou que, mesmo considerando o reajuste de 8% a partir de julho de 2026, já contemplado dentro dessa projeção orçamentária, ainda restariam cerca de 3,6 bilhões de reais. Esse montante permitiria iniciar a reestruturação das carreiras, promover a valorização dos analistas e avançar, no mínimo, na sobreposição de tabelas, igualando o padrão C13 de técnico ao primeiro padrão de analista.

Apesar da apresentação dos dados e da disposição do Sitraemg em compartilhar formalmente o estudo com o Fórum, os representantes do colegiado deliberaram que não será discutido, no primeiro semestre de 2026, nenhum tema que envolva impacto orçamentário. Na prática, isso significa engavetar qualquer debate sobre reestruturação das carreiras, mesmo diante de sobra comprovada de recursos.

“Mesmo trazendo todas essas considerações, eles não aprovaram trabalhar no primeiro semestre de 2026 nada que tivesse impacto orçamentário”, lamentou Alexandre Magnus. “É com tristeza que eu saio da reunião, porque a gente sabe que tem dinheiro. O que falta é vontade política.”

Para o coordenador, a postura do Fórum de Carreiras representa mais um capítulo de enrolação com os servidores do PJU, que há anos aguardam avanços concretos na valorização de suas carreiras. Diante desse cenário, o sindicato reforça que a saída passa pela mobilização e pela pressão das entidades representativas, para que a sobra orçamentária existente seja utilizada em favor de quem faz o Judiciário funcionar.

A decisão de deixar o debate para depois acontece em um momento em que vemos carreiras do legislativo (Câmara Federal, Senado Federal e Tribunal de Contas da União) terem seus PCs protocolados e sendo aprovados nas casas legislativas. Alexandre foi enfático ao afirmar que é uma injustiça o que está acontecendo com os servidores do PJU, queremos o mesmo tratamento para os nossos servidores que o tratamento dado aos servidores do legislativo, pois cada um tem sua importância dentro do seu papel estatal e institucional nos poderes da República.

Assessoria de Comunicação
Sitraemg

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