Reunião ampliada reafirma que greve da categoria é pela aprovação dos PLs 6613/09 e 6697/09

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Cerca de 150 servidores do Judiciário Federal e do MPU passaram este domingo [30] debatendo, em Brasília, os rumos da greve nacional pela aprovação dos PLs 6613/09 e 6697/09. Em mais uma reunião ampliada, os delegados, eleitos em assembleia geral em seus Estados, reafirmaram a necessidade do fortalecimento da greve nos próximos dias, para forçar as cúpulas do Judiciário e do MPU a negociarem, com o governo federal, uma proposta orçamentária que esteja de acordo com as reivindicações dos servidores, para a implementação dos dois novos planos. Após um longo e exaustivo debate, os 135 delegados da ampliada também reafirmaram o eixo da greve nacional, que começou no início de maio e em alguns Estados completará um mês esta semana: a luta dos servidores do Judiciário Federal e do MPU é pela imediata aprovação dos PCSs, conforme as propostas encaminhadas ao Congresso Nacional e debatidas pela categoria nos fóruns nacionais durante todo o ano de 2009.

Embora um grupo de servidores presente na ampliada tenha defendido que o reajuste salarial seja por meio de subsídio, a maioria das intervenções feitas na ampliada considerou que o momento exige uma forte unidade da categoria em torno dos projetos em tramitação na Câmara dos Deputados e também avaliou que novas propostas atrapalharão ainda mais o andamento das negociações, uma vez que qualquer mudança terá que ser debatida de forma aprofundada pela categoria. Apesar da polêmica que tomou conta de boa parte dos debates na parte da tarde, a reunião ampliada aprovou uma resolução que reforça a luta pela revisão salarial conforme preveem os PLs 6613/09 e 6697/09.

“Se temos esse salário, ainda que baixo para os que entraram agora na carreira, foi às custas de muita greve, ameaças por parte das administrações e até mesmo cortes de ponto. Não podemos mudar o foco de nossa campanha, que tem que ser pela aprovação dos nossos projetos que estão no Congresso Nacional. Da nossa parte, temos que dar uma resposta ao governo federal e ao STF. E a nossa resposta tem que ser a greve”, disse Valter Nogueira, coordenador de comunicação da Fenajufe, que teve sua intervenção fortemente aplaudida pela maioria dos servidores que lotavam o auditório do Hotel Nacional.

Ramiro López, também coordenador da Fenajufe, lembrou que as vitórias da categoria, com os três PCSs, são resultados do esforço e do empenho de vários militantes ao longo desses anos de existência da Fenajufe. “Não podemos cair no canto da sereia dos nossos adversários. Precisamos ter clareza qual a nossa proposta e defendê-la até a vitória”, ressaltou Ramiro, destacando a importância da participação de todos os servidores no Dia Nacional de Luta, marcado para a terça-feira, 1° de junho.

Na avaliação do coordenador geral Saulo Arcangeli esse é o pior momento para discutir qualquer proposta que seja diferente da que vem sendo defendida pelos servidores. “Não podemos, no meio de uma greve, alterar a nossa proposta, que foi amplamente discutida pela categoria. Temos que ver quem está por trás disso, que divide a nossa categoria. Sabemos que é o governo Lula, o STF e o Congresso Nacional. Todos os Estados que fizeram o debate nos últimos anos quiseram o PCS e rechaçaram o subsídio”, disse, pontuando que o momento exige o fortalecimento da greve, com a adesão daqueles Estados que ainda não aderiram ao movimento nacional.

Apagão no Judiciário e no MPU, vigília e ato nacional

Além da resolução reafirmando a defesa dos PLs 6613/09 e 6697/09, os delegados da reunião ampliada também aprovaram um novo calendário, que reafirma o Dia Nacional de Luta na próxima terça-feira, 1º de junho, e marca um ato nacional em Brasília no dia 8 de junho.

O dia 1° foi “batizado” pelos participantes da ampliada como o “Dia do Apagão do Judiciário Federal e do MPU”, quando todos os servidores deverão paralisar totalmente as atividades e participar das manifestações que serão promovidas pelos sindicatos. Em Brasília, haverá um ato em frente em frente ao Ministério do Planejamento, promovido pelo Sindjus-DF.

Já o ato nacional em Brasília, marcado para 8 de junho, vai celebrar o mês da greve da categoria. Para esta atividade, a Fenajufe e o Comando Nacional de Greve orientam que todos os sindicatos enviem caravanas de servidores a Brasília.

Os coordenadores da Fenajufe orientam, mais uma vez, que os sindicatos em greve enviem representantes esta semana para compor o Comando Nacional de Greve, que se reúne de terça a quinta-feira, na sede da Federação. “Precisamos reforçar o comando, mas para isso todos os sindicatos têm que garantir um representante aqui em Brasília. Esse é um momento que exige unidade e participação de todos os Estados nos debates”, orienta Evilásio Dantas.

Calendário de greve

1º/06 – Apagão no Judiciário e MPU, com paralisação total com atos nos estados e no MPOG.
07/06 – Indicativo ao Comando Nacional de Greve Vigília Nacional com velas, na porta do STF.
08/06 – Um mês de greve – Ato Nacional em Brasília e manifestações em todas as capitais, para marcar um mês de greve pela aprovação da revisão salarial.

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