Na segunda-feira, 11 de julho, 16 policiais judiciais da Justiça Federal de Minas Gerais foram certificados por um curso de formação na Academia da Polícia Militar do estado.
A solenidade contou com a presença dos coordenadores do Sitraemg Luciana Tavares e Nelson da Costa, policial judicial.
A capacitação é fruto da parceria entre a Seção Judiciária da Justiça Federal e a Polícia Militar de Minas Gerais.
Foi a segunda turma da Justiça Federal a fazer esta capacitação de 190 horas, a primeira turma contou 15 policiais judiciais.
Ao longo das cinco semanas de capacitação, o curso abrangeu o treinamento no uso de armas de fogo e de menor potencial ofensivo, combate corporal, proteção institucional e patrimônio, primeiros socorros, varredura de edificações.
Para Sérgio Macedo, formando nesta turma, “o corpo docente escolhido não deixou dúvidas aos discentes que a Polícia Militar de Minas Gerais, ofertou o melhor que possui”.
“Os Policiais Judiciais formados estão capacitados para garantir ao Poder Judiciário a devida segurança institucional, pois sem segurança não há justiça”, disse. Sérgio foi o destaque da turma pelo desempenho na disciplina de armamentos e tiro e prova de conhecimentos.
“Começamos por Belo Horizonte. Mas a Sevit tem buscado que todos os agentes consigam se capacitar”, explica Jamilton Antônio Bitencurt Guedes.
Policial Judicial da Justiça Federal há 12 anos, ele atua há sete na Seção de Segurança, Vigilância e Transporte (Sevit). Graduado na primeira turma, em fevereiro, ele destaca a importância do treinamento: “A capacitação é essencial para o exercício das atribuições da polícia judicial. Sem ela, não conseguimos exercer essas atribuições e prestar um serviço de qualidade”, afirmou.
“O momento histórico exige que a Justiça tenha uma segurança própria”, afirma diretora da SJMG
Idealizadora do convênio com a Polícia Militar, a juíza diretora da Seção Judiciária de Minas Gerais, Dra. Vânila Cardoso destacou a importância da capacitação dos policiais judiciais.
“O momento histórico exige que a Justiça tenha uma segurança própria. É importante até como garantia do próprio Estado Democrático de Direito que a Justiça tenha esse tipo de trabalho institucional, que é uma segurança capacitada”, disse.
Para a magistrada, a capacitação desse segmento de servidores “é um movimento nacional, que veio para ficar”. “Tenho certeza de que Minas Gerais está cumprindo isso (a capacitação) com maestria. Está capacitando a polícia judicial, já na segunda turma, caminhando para uma terceira turma, dentro das possibilidades”, pontou.
Segundo explicou, há uma estrutura institucional que visa garantir que esse serviço seja efetuado com eficiência. Para ela, a capacitação da Polícia Judicial traz benefícios ao Poder Judiciário, a servidores e magistrados, ao patrimônio público e às pessoas que utilizam a Justiça: “com o objetivo final da manutenção da paz social”, concluiu.
Nível de excelência passa uma tranquilidade e segurança, destaca paraninfo da turma
O juiz federal Reginaldo Márcio Pereira foi escolhido como paraninfo da turma formanda. Em seu discurso, ele destacou as qualidades da Polícia Militar mineira. “O nível de excelência da Polícia Militar de Minas Gerais passa uma tranquilidade e segurança que não dá pra mensurar”.
Ele também reforçou a importância da escolha de a diretoria do Foro ter celebrado o convênio com a PM para esta capacitação: “Terá um efeito multiplicador”, pontuou.
O magistrado disse ter orgulho de poder testemunhar o movimento crescente da Polícia Judicial, não só em Minas Gerais. “Os senhores (formandos) foram os motores desse crescendo da Polícia Judicial”, afirmou e destacou: “No CJF e no CNJ temos homens, como os senhores, trabalhando para segurança institucional”.
Ressaltando a importância do trabalho técnico da Polícia Judicial, ele lembrou do caso do juiz Renato Borelli, de Brasília. O magistrado passou a receber ameaças e ofensas nas redes sociais após decretar a prisão do ex-ministro da educação, Milton Ribeiro.
As hostilidades virtuais se transformaram em atos de agressão física. Em 7 de julho, o veículo de Borelli foi atacado com fezes, terra e ovos. “O caso exigiu outra atuação de inteligência e segurança, que vem sendo feito pela polícia judicial (do DF)”, explicou.
O paraninfo reforçou que a qualidade do trabalho dos servidores criou expectativas positivas, que agora é hora da “aplicação técnica do que (os formandos) aprenderam”.
Assessoria de Comunicação
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