Terminou há pouco, na Central de Mandados do TRT em Belo Horizonte, reunião do diretor do SITRAEMG, Fenando Neves, e o presidente da Assojaf-MG e coordenador da Fenajufe, Hebe Del-Kader, com os oficiais de Justiça do Trabalho da capital. Em pauta, a greve da categoria. Ao final, grande parte dos oficiais presentes assumiram o compromisso de aderir à greve a partir de amanhã, quando haverá outra reunião, também na Central de Mandados, para ampliar as discussões e angariar novas adeões. Também amanhã, o SITRAEMG e o representante da Assojaf e da Federação se reunirão com os oficiais de justiça da Justiça Federal.
Na reunião de hoje, Fernando Neves explicou todos os detalhes e os motivos da greve, lembrando que o PLP 549/09 (congela os salários dos servidores públicos até 2019), que foi rejeitado por unanimidade ontem em votação na CTASP, prossegue em tramitação na Câmara dos Deputados. A próxima comissão será a de Finanças e Tributação. Portanto, ainda há a possibilidade de ser aprovado. Já o PL 6613/09, que revisa os salários dos servidores do Judiciário Federal, aguarda votação há várias sessões da CTASP. É importante, pois, que os servidores entrem firmes na greve.
O diretor do Sindicato chamou a atenção dos servidores para o destaque que a mídia vem dando para as informações das reuniões das cúpulas dos tribunais com equipes do governo, porám, com o viés negativo para o pleito da categoria. Lembrou que o próprio Executivo concedeu um reajuste expressivo para os seus servidores no ano passado.
Fernando Neves esclareceu que o SITRAEMG iniciou os contatos com as administrações dos tribunais em Minas tão logo foi aprovada a greve e tranquilizou os colegas dizendo que foi aberto um canal de interlocução com os órgãos para os esclarecimentos que forem necessários ao longo das paralisações. O Sindicato tomou todas as providências protocolares, como a publicação de edital com antecedência de 72 horas do início da greve.
O Sindicato também tem informado exaustivamente, aos tribunais, imprensa e população que a greve é ordeira e que a sociedade não será prejudicada, pois o atendimento para os chamados serviços essenciais será mantido. “É preciso que todos tenham a consciência de que todas as providências necessárias foram tomadas”,reforçou.
Hebe disse informou que esteve em Brasília ontem, em reunião na Fenajufe que fez um balanço da greve. Ele frisou que a orientação, diante dos acontecimentos e da postura do governo e das cúpulas dos tribunais é de que a categoria deve reforçar a greve, pois somente por este caminho haverá aprovação do PL 6613/2009. Hebe também salientou os colegas que a “a greve (em Minas) já foi votada e aprovada pela categoria”.
“A hora é esta e não podemos deixar acontecer. Ou entramos em greve agora ou o nosso salário vai congelar ”, advertiu uma oficial de justiça presente. “A greve é legal e não devemos temer”, concluiu.
Durante a reunião, ficou acertado que uma comissão de oficiais de justiça, juntamente com diretores do SITRAEMG, irá percorrer os locais de trabalho para conclamar os colegas a aderirem ao movimento.
