Mais um ato público registra a indignação da categoria frente ao PL6613/09

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Cumprindo o calendário de mobilização pelo PCS, deliberado na última Reunião Ampliada da Fenajufe, realizada em Brasília, no dia 16 de outubro, vários estados realizaram hoje (26), atos públicos em defesa do PCS. Os servidores da capital mineira se reuniram em frente ao prédio do TRT da Rua Mato Grosso onde ouviram do presidente do Sindicato, Alexandre Brandi, os informes acerca do PL 6613/09.  

Brandi: "Qualquer um dos presidenciáveis (Dilma ou Serra) que venha a ser eleito, não quer reajustar nossos salários. Poderemos ficar dez anos com nossos salários congelados". Foto: Erinei Lima

Ao início do Ato, Alexandre Brandi convidou todos os colegas para descerem, deixando seus locais de trabalho para mostrar, mais uma vez, a indignação da categoria frente à estagnação do Projeto. Brandi lamentou, veementemente, a situação que se encontra o projeto, lembrando-lhes que é só com a participação efetiva da categoria que o objetivo será alcançado. “Qualquer um dos presidenciáveis (Dilma ou Serra) que venha a ser eleito, não quer reajustar nossos salários. Poderemos ficar dez anos com nossos salários congelados”, ressaltou Brandi, lembrando, ainda, que foi a primeira greve, a de 60 dias,  que tirou o Projeto da CTASP (Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público). Brandi disse, ainda, que deve existir um acordo entre a cúpula do governo com a do judiciário, pois não conseguem aprovar o Projeto da categoria. “O Judiciário está de joelhos ao executivo e estamos num mato sem cachorro” lamentou.

Brandi citou, mais uma vez, a ausência do Sindjus-DF, o maior Sindicato no Brasil, nas últimas atividades em defesa do PCS. “O Sindicato de Brasília não tem respeitado as deliberações da Federação”, criticou. Na oportunidade, Brandi leu para os presentes, o manifesto feito pelo SITRAEMG (leia aqui), na qual censura o Sindicato de Brasília pela omissão nas últimas manifestações.

Durante o ato, Brandi parabenizou todos os estados que realizaram, hoje, algum tipo de manifestação. A mostra foi registrada por atos públicos, assembleias, panfletagens, Jornais especiais, o uso de roupas pretas etc. O presidente do Sindicato parabenizou, em especial, os estados do Espírito Santo e do Mato Grosso pela suas atuações frente à luta pelo PCS. Durante assembleia realizada no último sábado (23), os servidores da Justiça Federal no estado do Espírito Santo deliberaram estado de greve e atos permanentes. Já o estado do Mato Grosso, além da adesão à greve de 60 dias iniciada em maio deste ano, recentemente, em setembro, os servidores do judiciário daquele estado aderiram a uma nova greve que durou 15 dias.

Brandi chamou a atenção dos colegas para a importância da participação efetiva nas mobilizações que visam alcançar os direitos da categoria. “O Sindicato tem cumprido seu papel. Façam, também, suas partes! No dia 11 de novembro, paralisação de 24 horas”, salientou o presidente, reforçando a próxima mobilização. No calendário de mobilização da Fenajufe está incluso, ainda, indicativo de greve no dia 17/11.

 Ao final do ato, Alexandre Brandi convidou, mais uma vez, todos os servidores para participarem da Assembleia Geral Extraordinária que será realizda no dia 06 de novembro de 2010, às 9h, em primeira convocação, e 9h30min, em segunda e última chamada, na sede da entidade  para deliberar sobre ajuizamento de ação para discutir a legalidade da contribuição previdenciária sobre os planos de saúde do Sindicato. Neste dia, acontecerá também o Seminário para discussão das propostas de alterações a serem feitas no estatuto do Sindicato.

Direito de greve

O direito de greve foi outro tema também ponderado por Brandi durante o ato. O presidente salientou a importância da participação dos servidores durante as mobilizações e que, quanto à greve, a ausência do servidor no local de trabalho, esta não trará nenhum prejuízo ao trabalhador, pois o direito de greve é legítimo. Brandi lembrou, ainda que, em Minas nenhum servidor ficou prejudicado na última greve.

Sobre o assunto, Brandi leu para os servidores que participaram do ato, um artigo da servidora do TRT e diretora do Sintrajud-SP, Leica Silva, publicado no jornal daquela entidade do dia 21/10, que aborda, entre outros temas, o direito de greve. “Enfrentamos uma greve longa, dura, com formas de repressão que passam do cotidiano enfrentamento com chefias aos descontos salariais e decisões nos Tribunais que atacam o direito de greve, da legítima organização dos trabalhadores. Essa repressão é comum em todas as greves.”, comenta em seu artigo.

Juiz de Fora já planeja ato de 11 de novembro

Na cidade de Juiz de Fora, onde se concentram as quatro Justiças – Eleitoral, Trabalhista, Federal e Militar, o ato reuniu os servidores em frente ao Fórum da Justiça do Trabalho. O diretor jurídico do SITRAEMG e servidor do TRT na cidade, Alexandre Magnus, e alguns servidores presentes falaram ao microfone da importância da mobilização e engajamento de todos na luta pelo PL 6613/09, que ainda se encontra parado na Comissão de Finanças e Tributação -CFT do Congresso. Magnus também adiantou que a categoria em Juiz de Fora seguirá o calendário de lutas da Fenajufe, já tendo, inclusive, agendado novo ato público para o dia 11 de novembro, quinta-feira, das 12h às 13h, também em frente à Justiça Trabalhista.

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