Apadrinhado pela ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, que integra o órgão de cúpula do Poder Judiciário, foi eleito na quarta-feira, 25, em sessão administrativa do Supremo Tribunal Federal (STF), o primeiro juiz de Minas para o Conselho Nacional de Justiça. Interessada em ampliar os espaços de representação do estado nos diversos órgãos federais, Cármen Lúcia articulou com firmeza a eleição de Paulo Tamburini. Juiz de Direito do Judiciário estadual, Tamburini foi diretor da Escola Judicial do TRE-MG.
Para a vaga de desembargador, foi eleito o ex-presidente do Tribunal de Justiça do Pará, Milton Nobre.
Vários candidatos procuram os ministros do STF nesse processo, oferecendo os respectivos nomes. Desde que foi instalado, em junho de 2005, foram eleitos, para a primeira gestão de dois anos, um desembargador do Rio de Janeiro e um juiz de São Paulo. Na segunda gestão, que se encerra em junho, os dois estados se revezaram: o juiz a ganhar assento foi carioca e o desembargador paulista. Do Ministério Público de Minas Gerais, Ruth Lies Scholth Carvalho, procuradora de Justiça, integrou a primeira composição do conselho em 2005.
Paulo Tamburini será submetido agora a sabatina pelo Senado Federal em formalidade que termina com o encaminhamento do nome ao presidente da República, para nomeação. Ele foi diretor-executivo da Escola Judiciária do Tribunal Regional Eleitoral.
O Conselho Nacional de Justiça é presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal e tem 15 conselheiros membros. Dois da magistratura estadual, – um juiz e um desembargador – dois magistrados federais, dois juízes do Trabalho, dois do Ministério Público, dois advogados, além de dois cidadãos com notório saber jurídico, indicados pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Compõem ainda o CNJ o corregedor do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e um ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
