Instituições reagem a atentado contra a democracia, que depredou edifícios-sede dos Três Poderes

Compartilhe

Ainda na madrugada de segunda-feira, 9 de janeiro, as instituições democráticas começaram a reagir ao atentado terrorista, ocorrido horas antes, em Brasília.

Uma das primeiras medidas foi a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Atendendo a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Senador Randolfe Rodrigues, o ministro determinou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), por 90 dias.

Na decisão, Moraes enfatizou a negligência do governador na segurança da Praça dos Três Poderes. As forças de segurança do DF não contiveram o avanço dos vândalos bolsonaristas que invadiram e depredaram os prédios do STF, do Congresso e do Palácio do Planalto.

Na decisão, Moraes destaca que a invasão dos prédios “somente poderia ocorrer com a anuência, e até participação efetiva, das autoridades competentes pela segurança pública e inteligência”.

O ministro, em seu despacho, informa que a responsabilidade do então Secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, “está sendo apurada em separado”.

Exonerado por Ibaneis ainda no domingo, o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Torres é acusado de descaso e conivência.

Na decisão, Moraes determina que os acampamentos ilegais nas portas dos Quarteis Generais (QG) de todo o país sejam desmontados. No caso do QG de Brasília, o desmonte começou na manhã de segunda-feira (9).

Veja aqui a decisão de Moraes.

Prisões
De acordo com o portal de notícias G1, 204 pessoas foram efetivamente presas por envolvimento nos ataques terroristas.

Dessas, 97 foram transferidas para as penitenciárias do DF: 33 homens foram para o Complexo Penitenciário da Papuda e 64 mulheres para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF).

Ao que indicam as declarações das autoridades, esse é o começo de uma série de responsabilizações. Nas redes sociais, o Secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, anunciou que o Ministério da Justiça criou um canal para denúncias.

“Se você tiver informações sobre os terroristas que atentaram contra a democracia faça contato com: denuncia@mj.gov.br”, disse em um twitte publicado às 8h54 de segunda-feira (9).

Nota conjunta
Ainda na manhã de segunda-feira (9), os chefes dos três Poderes publicaram uma nota conjunta após se reunirem em Brasília. Na nota eles rejeitam os atos de terroristas bolsonaristas radicais na capital federal e pedem à população “defesa da paz e da democracia”.

A nota é assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva; pelo presidente do Senado em exercício, Veneziano Vital do Rego; pelo presidente da Câmara, Arthur Lira; e pela presidente do STF, Rosa Weber.

Veja aqui a nota conjunta.

Nota em Defesa da Democracia

Os poderes da República, defensores da democracia e da Carta Constitucional de 1988, rejeitam os atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas que aconteceram na tarde de ontem (domingo) em Brasília.

Estamos unidos para que as providências institucionais sejam tomadas, nos termos das leis brasileiras.

Conclamamos a sociedade a manter a serenidade, em defesa da paz e da democracia em nossa pátria.

O país precisa de normalidade, respeito e trabalho para o progresso e justiça social da nação.”

Assessoria de Comunicação
Sitraemg

Compartilhe

Veja também

Pessoas que acessaram este conteúdo também estão vendo

Busca

Notícias por Data

Por Data

Notícias por Categorias

Categorias

Postagens recentes

Nuvem de Tags