O calendário acertado inicialmente entre o governo Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), para a tramitação da PEC 287/16 (Reforma da Previdência) previa para esta terça-feira, 28/03, a votação da proposta na Comissão Especial da Casa destinada a apreciá-la. Porém, graças à pressão dos servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada, como ficou demonstrado no último dia 15 (Dia Nacional de Lutas, Paralisações e Mobilizações contra a Reforma da Previdência), governo e Câmara resolveram recuar e decidiram agendar para hoje a realização de uma audiência pública para debater o tema “O Brasil com a Reforma da Previdência: Impactos da Reforma sobre o Orçamento da Seguridade Social, o Mercado de Trabalho e a Economia Brasileira”. A audiência será às 14 horas, no Anexo II, Plenário 3 (confira a pauta). Debatedores convidados: Marcos Lisboa, presidente do Insper; Denise Gentil, professora do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ; Victor Roberto Corrêa de Souza, juiz federal do 11º Juizado Especial Federal do Rio de Janeiro, representando a AJUFE; Fabio Giambiagi, Superintendente na Área de Planejamento e Pesquisa do BNDES.
O SITRAEMG convocou a categoria para a caravana a Brasília para a movimentação de hoje na Câmara relativa à Reforma da Previdência. Porém, somente três filiadas seguiram para a capital federal: Ângela Maria de Resende (TRT), Jordana Márcia Neves Pereira (TRT) e Tâmisa Gonçalves (T R E). Mas elas se juntarão aos milhares de trabalhadores que lá estarão para, juntos, fazerem toda a pressão necessária para reafirmar a indignação, que é geral no País, em relação à proposta do governo, de desmonte da Previdência, através da PEC 287/16.
Enquanto isso, os servidores do Judiciário ainda tem muito a contribuir para a mobilização contra a PEC 287/16. A mobilização é extremamente importante para quebrar o ímpeto do governo e da Câmara. Até porque, como se vê na lista de convidados para a audiência pública, na qual não consta nenhum representante da classe trabalhadora, o Legislativo também não está disposto ao debate sobre a reforma.
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