Governo quer enrolar os servidores? Vuvuzela neles!

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A negativa do Poder Executivo de apresentar proposta concreta de negociação em torno do PL 6613/09 com os servidores do Judiciário Federal só confirmou o que já se desenhava há algum tempo e que se reforçou na semana passada com as informações falsas “plantadas” na mídia sobre os “supersalários” da categoria. Os sucessivos adiamentos de audiências agendadas entre as cúpulas do STF e do governo também já eram indícios do decepcionante desfecho da reunião de que acabou acontecendo na última quinta-feira, 1º, entre os presidentes do Supremo, ministro Cezar Peluso, e da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O diretor jurídico do SITRAEMG Fernando Neves expressou fielmente o sentimento externado no mesmo dia da reunião, nos noticiários dos sites de quase todos os sindicatos da base da Fenajufe diante do resultado do encontro ocorrido no Palácio do Planalto. “(Meu sentimento) é de plena indignação em relação ao Executivo, que está desmerecendo a nossa categoria, e de decepção em relação ao presidente do Supremo, que desconsidera por completo os esforços dos servidores no sentido de cumprimento das metas estabelecidas”, desabafou Neves, destacando que a omissão do STF é tanta que nem sequer “uma linha” foi publicada no site do órgão para informar a categoria sobre o que foi discutido na audiência dos presidentes em Brasília. “Vuvuzela neles!”, sentenciou Fernando Neves, referindo-se ao propósito da categoria de reforçar a greve, a pressão e os apitaços, nos estados e na capital federal, para forçar o governo a negociar e garantir o orçamento para a aprovação do PCS4.

Diante do descaso demonstrado pelo STF e pelo governo, só resta uma alternativa: reforçar a greve. Na capital, interior e em todo o Brasil.

As propostas “indecentes” do governo

Os servidores do Judiciário só foram obter informações da reunião do Palácio do Planalto no início da noite da quinta-feira, 1º, em reunião do Comando Nacional de Greve com o ministro Paulo Bernardo. O ministro, que também participou do encontro, juntamente com o advogado geral da União, Luís Inácio Lucena Adams, afirmou que o governo apresentou as seguintes sugestões.

– Criação de uma comissão para negociar uma forma de implementação do projeto, sem prazo para finalização dos trabalhos.

– O resultado dos trabalhos da comissão deverá ser submetido à avaliação do governo eleito em outubro.

– Está mantida a posição do governo de que o projeto só poder ser implementado com parcelamento a partir de 2011, sem entrar, no entanto, no debate sobre o número de parcelas, o que seria discutido na comissão a ser criada.

Após a insistência dos coordenadores da Fenajufe, foi agendada uma nova reunião para a próxima quinta-feira, 8 de julho, às 10h, com a participação do ministro Paulo Bernardo e do Advogado Geral da União, Luís Inácio Lucena Adams. O ministro se comprometeu, ainda, a convidar o STF para esse encontro. Vale lembrar que na mesma quinta-feira, dia 8, haverá ato público e assembleia em Belo Horizonte, a partir das 13h, em frente ao TRE (Avenida Prudente de Morais, 100, bairro Cidade Jardim), para informes sobre o PCS e deliberações sobre o rumo da greve em Minas.

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