Esta terça-feira (16/12) foi um duro dia de luta para dirigentes da Fenajufe e representantes de vários sindicatos que passaram o dia no Congresso Nacional em busca de apoio para aprovação da reposição salarial de servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União. Depois de reuniões com vários parlamentares, inclusive com líderes partidários da Câmara dos Deputados, a única confirmação foi que a presidente Dilma Rousseff autorizou somente a aprovação do aumento dos subsídios dos juízes (PL 7917/14) e procuradores (PL 7918/14), deixando de lado os servidores. Assim que esses PLs sejam aprovados na Câmara, seguem para o plenário do Senado.
Estiveram no Congresso os coordenadores da Fenajufe, Adilson Rodrigues, Alexandre Magnus, Cledo Vieira, Eugênia Lacerda, Iracema Pompermayer, Jaqueline Albuquerque, João Batista, João Evangelista, Luis Cláudio Corrêa, Mara Weber, Pedro Aparecido, Roberto Ponciano, Saulo Arcangeli e Tarcísio Ferreira, além de delegações de sindicatos como Sindjufe/BA, Sitra-AM/RR, Sinje/CE, Sindjus/DF, Sitraemg/MG, Sisejufe/RJ, Sindjuf/SE, Sintrajuf/PE, Sinjutra/PR, Sinjuspar/PR, Sinsjustra-RO/AC, Sintrajurn/RN, Sintrajufe/RS e Sintrajud/SP.
A comitiva mineira foi composta pelos coordenadores do SITRAEMG Igor Yagelovic, Alexandre Magnus, Sandro Luis Pacheco, Henrique Olegário e Mário Alves (que ainda permanece na capital federal), além dos filiados Vicente de Paulo Passos, Lúcia Maria Bernardes de Freitas, Wesley Resende Naves e Fernando Soares Guetti, e das funcionárias Cassia Maria e Lucilene Silva.
Enquanto se realizava a reunião de líderes, o diretor geral do STF, Amarildo Vieira, chegou ao gabinete da presidência da Câmara para conversar com os deputados sobre o reajuste dos servidores. Ele chegou a falar por telefone com o presidente da casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), e informou que o ministro Lewandowski conversaria com o deputado e com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, na tentativa de um acordo para votar o reajuste dos servidores. Ao final da reunião, os coordenadores da Fenajufe, Mara Weber e João Evangelista, e do Sindjus/DF, Jailton Assis, falaram com Amarildo solicitando que não fosse permitida aprovação do reajuste somente para juízes e procuradores e para garantir recursos no anexo V da LOA (Lei Orçamentária Anual), por meio de intervenção direta do ministro Lewandowski.
Depois disso, por vota das 22 horas, os dirigentes da Fenajufe, Mara Weber, João Evangelista e Roberto Ponciano, além dos dirigentes do Sisejufe/RJ, Valter Alves e do Sindjus/DF, Jailton Assis, foram na liderança do governo conversar com o deputado Henrique Fontana (PT/RS). Eles deixaram claro que será instalada uma crise se houver votação do projeto de juízes e procuradores sem a negociação com os servidores e pediram uma alternativa de negociação.
Caso não haja acordo, Fenajufe solicita retirada de projeto dos magistrados
Já eram mais de 21 horas desta terça quando os coordenadores da Fenajufe, Eugênia Lacerda e Saulo Arcangeli, acompanhados de dirigentes do Sinjuspar/PR, Sinjutra/PR, Sintrajufe/RS e Sintrajud/SP, além de dois servidores da base do Sindjus/DF, foram recebidos pelo diretor geral do STF. Na reunião, Amarildo Vieira informou que o ministro Lewandowski teria entrado em contato com o vice-presidente da República, Michel Temer, para buscar um acordo. Os dirigentes da Fenajufe e os demais servidores presentes solicitaram que, caso não seja fechado um acordo que vote os projetos dos magistrados e servidores, o presidente do STF retire do congresso o PL 7917, já que nas várias conversas com a Federação o ministro havia afirmado que os projetos teriam que ser aprovados juntos, pois os servidores precisavam ser valorizados. Além da busca pela aprovação da reposição salarial dos servidores, a tentativa de acordo visa a garantir o máximo possível de recursos financeiros no anexo V da LOA, para assegurar a reposição salarial em 2015.
Ainda que não haja sinalização do governo até o momento para votar o reajuste dos servidores, continua a cobrança para que o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, e o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, busquem um acordo com o Palácio do Planalto e cumpram a promessa de manter atrelados os reajustes de servidores, magistrados e membros do MPU, trabalhando para que sejam aprovados em conjunto. Para isso, dirigentes da Fenajufe e de sindicatos filiados, além de servidores do PJU e MPU, voltam ao Congresso nesta quarta-feira (17/12) para tentar evitar que os projetos de aumento de magistrados e membros do MPU sejam votados sem a concomitante apreciação dos PLs de reposição dos servidores. Na manhã desta quarta acontece sessão plenária da Câmara, quando deve ser colocado em pauta o aumento de juízes e procuradores.
Fonte: Fenajufe