A Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora e a Frente Mista em Defesa da Previdência Social Pública publicaram uma nota conjuntura de repúdio à postura do deputado Júlio Lopes (PP/RJ), que em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília, no dia 7 de março, deferiu ataques pessoais contra o Presidente do Sinait, o auditor-fiscal do trabalho Carlos Silva, e todos os servidores públicos, culpando-os pela crise econômica.
A situação aconteceu após a intervenção do auditor-fiscal na audiência pública, desmentindo os argumentos do governo, e provando através de dados que a Reforma da Previdência “é ilegítima e inconstitucional”, destacando a deliberada omissão do governo em não combater rombos bilionários decorrentes de sonegação das contribuições previdenciárias, com apropriação indébita de mais de 90 bilhões nos últimos 4 anos.
Após a explicação de Carlos Silva, o deputado Júlio Lopes fez acusações de cunho pessoal ao auditor-fiscal, inclusive expondo os seus vencimentos pessoais para afirmar que só é contra a PEC, “aqueles com melhores remunerações”, fazendo uma generalização de que os servidores públicos são os culpados pela crise econômica.
A diretoria do SITRAEMG endossa a nota de repúdio à postura do deputado, a reforma da previdência é ruim para todos os trabalhadores, mas sobretudo para os mais pobres e em serviços mais precarizados. Tentar desqualificar um servidor público concursado com base em seus vencimentos é um argumento raso, e só demonstra a falta de habilidade dos aliados do governo em lidar com opiniões diferentes e considerar dados estatísticos concretos e relevantes para se avaliar uma PEC de tanto impacto aos brasileiros. Segundo o coordenador geral do SITRAEMG, Alan da Costa Macedo, “A diretoria do SITRAEMG lembrará do nome de todos que atentaram contra a vontade popular nas eleições. Faremos nosso papel de lembrar à população quem estava a favor e contra ela”. Confira a nota na integra no botão abaixo