Da série “Maldição do Veto 26”: deputado Mauro Lopes traiu os servidores, mas pode cair com o governo no ministério que tanto sonhou e ainda ser expulso do PMDB

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O SITRAEMG já divulgou amplamente os nomes dos deputados federais mineiros que traíram os servidores do Judiciário Federal ao votarem pela manutenção do Veto 26/15 (veto ao PLC 28/15, da revisão salarial da categoria), na sessão do dia 17 de novembro, depois de terem prometido à categoria que votariam pela derrubada do veto. Foi uma demonstração de ausência total de caráter, de que a palavra empenhada, para tais parlamentares, não vale nada. Mais grave ainda é que três dos que votaram contra haviam assinado documento sustentando o compromisso assumido com os servidores mineiros. Foi o caso dos deputados Aelton Freitas (PR), Reginaldo Lopes (PT) e Mauro Lopes (PMDB). No caso deste último, veja matérias AQUI  e AQUI.

O deputado Mauro Lopes, como já se anunciava à época, estava de olho em um ministério do governo Dilma. A presidente o colocou “na geladeira” por um bom tempo e só o nomeou agora, quando ao que parece a vaca do governo petista está cada vez mais mergulhando no brejo. Essa situação humilhante já seria um castigo para Lopes. Mas a pá de cal em seu já dilacerado prestígio político veio na última sexta-feira, 18, com o Conselho de Ética do PMDB acolhendo oficialmente pedidos dos 13 diretórios regionais do partido de expulsão do parlamentar por ter assumido, na quinta-feira, 17, o comando da Secretaria da Aviação Civil, descumprindo moção aprovada na convenção do dia 12 de março, que proibiu peemedebistas de assumirem cargos no governo federal durante 30 dias.

Que o traidor dos servidores pague caro pelo erro da aposta escolhida. E que os demais parlamentares que agiram ou agem como ele reflitam mais detidamente quando firmarem compromisso com a categoria e, principalmente, quando optarem por seguir às cegas as orientações de governos. Se o governo cair, era uma vez ministério.

“Nunca o castigo tarda a quem o tempo avisa e não se guarda”, ensina o provérbio português. Que os deputados Reginaldo Lopes – que tanto anseia ser prefeito de Belo Horizonte ou até mesmo governador de Minas – e Aelton Freitas ponham suas barbas de molho…

Sobre os pedidos de expulsão do deputado Mauro Lopes do PMDB, confira os detalhes da matéria publicada no jornal Estado de Minas:


“Conselho de ética do PMDB recebe oficialmente denúncia contra Mauro Lopes

Deputado federal de Minas que assumiu Ministério da Aviação Civil questionado nas hostes peemedebistas por aceitar o cargo apesar de o partido estar avaliando romper a aliança com o governo federal

O Conselho de Ética do PMDB recebeu oficialmente nesta sexta-feira as denúncias contra o deputado federal Mauro Lopes (PMDB-MG). Pelo menos 13 diretórios regionais do partido pedem a expulsão do parlamentar por ter assumido nessa quinta-feira, 17, o comando da Secretaria da Aviação Civil (SAC), descumprindo moção aprovada na convenção do último sábado, 12, que proibiu peemedebistas de assumirem cargos no governo federal durante 30 dias.

Membro do diretório regional do PMDB do Distrito Federal, a secretária-geral do Conselho de Ética, Rose Rainha, foi escolhida relatora dos 11 processos contra Mauro Lopes. De acordo com o presidente do colegiado, Eduardo Krause, do diretório regional do Rio Grande do Sul, Rose será responsável por elaborar um parecer no qual pedirá ou não a expulsão do parlamentar. O parecer, então, deverá ser encaminhado para a Executiva Nacional do partido, a quem caberá a decisão final.

O presidente do Conselho de Ética do PMDB afirmou que Mauro Lopes deverá ser notificado oficialmente das denúncias na segunda ou terça-feira da próxima semana. A partir daí, o parlamentar mineiro terá até 10 dias para apresentar sua defesa junto ao colegiado e à Executiva Nacional. De acordo com Krause, o objetivo do colegiado é concluir o julgamento do caso do ministro da SAC “o quanto antes”. A previsão do dirigente é de que tudo esteja concluído em 20 dias.

Para que pudesse receber oficialmente as denúncias contra o novo ministro da SAC, o Conselho de Ética do PMDB teve de eleger antes seu presidente e secretária geral. Isso porque o regimento interno do partido estabelece que, após cada convenção nacional do partido, a direção do colegiado deve ser renovada. A última convenção foi realizada no último sábado, 12. Por orientação do comando nacional do PMDB, a instalação foi antecipada em alguns dias para analisar o caso de Mauro Lopes.

A expulsão do parlamentar mineiro por ter descumprido a determinação do partido tem sido defendida pela cúpula do PMDB. Presidencial nacional da legenda e vice-presidente da República, Michel Temer não compareceu à posse de Lopes como ministro-chefe da SAC nessa quinta-feira, 17, no Palácio do Planalto. Em nota, Temer afirmou que o governo cometeu uma “afronta” com o PMDB ao nomear o deputado mesmo ciente da moção que proibiu peemedebistas de assumirem cargos no Executivo.

Apesar da pressão, Mauro Lopes afirma estar tranquilo e diz não acreditar que será expulso do partido. Para o ministro da SAC, é normal que isso acontecesse dentro do PMDB, por ser um partido grande e plural. Ele argumenta que não descumpriu determinação do partido, pois a negociação para que assumisse a Aviação Civil começou antes de a moção ser aprovada e a Pasta sempre fez parte da cota política do PMDB.”.

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