Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015. O Sitraemg abraça a campanha e irá divulgar matérias sobre o tema ao longo deste mês. Confira, a seguir, o texto da filiada Tereza de Almeida Brito, que é oficiala de justiça, e abordou o assunto de forma detalhada.
A prevenção ao suicídio salva vidas!
Como surgiu o Setembro Amarelo e por que o símbolo da campanha é um laço de fita amarela? Essas são duas perguntas cujas respostas têm o objetivo de despertar a nossa atenção para um fenômeno que tem se tornado recorrente no mundo.
Vai aqui uma breve história: Em Westminster, no Colorado, nos Estados Unidos, vivia um jovem chamado Mike Emme, que era um adolescente habilidoso, gentil e amável. Ele era muito conhecido na cidade em razão de ter adquirido um Mustang 68, restaurado e pintado o mesmo de amarelo brilhante. Naquele lugar, o jovem passou a ser identificado com o carro, sendo apelidado, inclusive, de Mustang Mike. Porém, ninguém percebeu que Mike estava sofrendo com algum transtorno psicológico e, então, no dia 08 de setembro de 1994, ele tirou a própria vida, aos 17 anos de idade. Em seu funeral, seus pais fizeram uma cesta com laços de fita amarela e cartões com a mensagem: “Se precisar, peça ajuda”. Desde então, o mês de setembro e a fita amarela marcam os movimentos sobre a prevenção do suicídio.
No Brasil, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza, em território nacional, o Setembro Amarelo.
É nesse mês, no dia 10, o dia mundial de prevenção ao suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano. Atualmente, o Setembro Amarelo é a maior campanha anti-estigma do mundo!
Embora, o foco da campanha Setembro Amarelo seja prevenção ao suicídio, não se pode deixar de registrar o fato de que pessoas que já tentaram suicídio têm muito mais chances de tentar de novo e precisam de cuidado e atenção redobrados. Por isso, a POSVENÇÃO é, também, muito importante e diz respeito a encontrar estratégias para cuidar de pessoas que tentaram tirar a própria vida e sobreviveram. Elas podem tentar de novo e…de novo…Nesse sentido, dialogar, criar espaços afetivos, acolher, praticar a escuta ativa, não desconsiderar qualquer sinal, fala ou comportamento suicida e nutri-se de conhecimentos sobre o assunto são caminhos auspiciosos e que podem salvar muitas vidas.
Na nossa cultura, e em tantas outras, falar de suicídio é considerado perigoso e, portanto, é um tabu. É possível que o silêncio sobre o assunto tenha a ver com medo, vergonha e, talvez, falta de entendimento para uma abordagem detalhada. É necessário falar! A fala é um meio eficaz para quebrar barreiras e tomar um assunto mais conhecido. Por isso, desde que o tema seja tratado de forma adequada e responsável, não se pode deixar de fazer movimentos na busca de entender a complexidade desse fenômeno, que é capaz de afetar qualquer pessoa, seja qual for a sua origem, gênero, cultura, classe social e idade. E nós podemos ajudar a prevenir! Basta nos capacitar e nos envolver nas diversas ações de conscientização como, por exemplo, a Campanha Setembro Amarelo.
Dessa forma, nós o convidamos a fazer uma visita ao site oficial da campanha onde constam as diretrizes para divulgação e participação, além de um vasto material em forma de panfletos, cartilhas, folhetos, posts para as redes sociais, carta aos pais, responsáveis e educadores de crianças e adolescentes sobre automutilação e suicídio.
O material disponível no site oficial é muito diversificado e interessante. Acesse, faça download, leia com atenção e divulguem suas redes sociais, aplicativos de conversa, grupos de e-mail.
“A vida é a melhor escolha!”, eis o lema do Setembro Amarelo de 2022.
Fontes:
www.setembroamarelo.com
www.medicina.ufmg.br/setembroamarelo/#cartilha
www.setembroamarelo.com/blog
Tereza de Almeida Brito
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Assessoria de Comunicação
Sitraemg