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Comprovado caixa 2 de Azeredo

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O senador Eduardo Azeredo do PSDB de Minas deve ser denunciado por peculato; tucano se beneficiou de caixa 2. Pena pode ser de até 12 anos de prisão.

Tão logo o Supremo Tribunal Federal (STF) aprecie o caso do mensalão, o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, submeterá à corte a denúncia na qual deve acusar o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) de praticar o crime de peculato na versão inicial do valerioduto. A pena pode ser de até 12 anos de prisão mais multa.

Conforme investigação da Polícia Federal (PF), concluída em julho de 1998, o empresário Marcos Valério de Souza usou contas bancárias de suas empresas para girar um caixa 2, alimentado com dinheiro público e privado, que teria beneficiado a frustrada campanha de Azeredo para se reeleger governador de Minas Gerais e também a de aliados do tucano.

No relatório da investigação, a PF afirma que Valério montou uma metodologia nova para lavar dinheiro destinado a políticos: toma empréstimos em bancos, repassa o dinheiro para o interessado e, na hora de pagar a dívida, usa recursos que recebe por meio de contratos com o poder público e também com empresas privadas.

Para a PF, o sistema de financiamento do caixa 2, que teria ficado claro na campanha de Azeredo em 1998, é a origem da engenharia financeira que Valério pretendia montar para o mensalão nacional.Um laudo do Instituto Nacional de Criminalística (público mais tarde) que integra o inquérito indica que, em 1998, Valério fez 27 operações para injetar R$ 38 milhões em contas de suas empresas.

Em nove empréstimos, dos bancos Rural e BCN, obteve R$ 34 milhões. Segundo a PF, por meio de saques e transferências, parte do dinheiro foi para campanhas políticas.

Azeredo declarou ao Tribunal Regional Eleitoral (TER) de Minas ter arrecadado R$ 8,5 milhões. Quando se tornou público o esquema, ele admitiu uma arrecadação paralela, de R$ 8,5 milhões, fruto de um empréstimo ao Rural -sem o seu conhecimento. Sempre negou a prática de qualquer crime.

O senador atribuiu a responsabilidade a Cláudio Mourão, o tesoureiro de sua campanha, que também deverá ser denunciado por peculato. O laudo pericial revela coincidência entre as datas em que Valério recebe créditos por supostos serviços a empresas públicas e privadas e pagamentos das parcelas dos empréstimos.

Fonte: Novo Jornal (www.novojornal.com.br)

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