Ato Unificado reúne 10 mil em Brasília e provoca: “não queremos cafezinho, queremos negociar”

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Caravana do SITRAEMG reforçou o Ato com camisas pretas em defesa do PCS (Foto: Janaina Rochido)

Encerrou-se por volta de 13h o Ato Público Unificado que reuniu cerca de 10 mil (de acordo com estimativas dos organizadores) servidores públicos federais de todo o Brasil em uma caminhada entre a Catedral de Brasília e o prédio do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG na manhã desta quinta-feira, 16 de junho. O ato culminou com uma reunião de representantes de 30 entidades com o secretário de Recursos Humanos do MPOG, Duvanier Paiva, na qual lhe foi entregue um manifesto requerendo o pronto andamento das negociações com os servidores públicos federais (veja matéria a respeito aqui).

A Fenajufe e diversos sindicatos de servidores do Poder Judiciário Federal também estiveram presentes, tendo o coordenador da entidade, Cledo Vieira, como representante na reunião  com o secretário. O SITRAEMG marcou presença com uma caravana de cerca de 30 servidores, que vestiram camisas pretas em defesa da luta pelo PCS da categoria. Servidores da saúde, educação (maioria), polícias e aposentados engrossavam a marcha, que levou muitas bandeiras, faixas e os já conhecidos bonecos gigantes de Dilma Rousseff, Miriam Belchior, Duvanier Paiva e José Sarney.

Do alto do carro de som, os organizadores fizeram uma provocação ao secretário Duvanier Paiva, designado pelo MPOG para negociar com os servidores: “vamos fazer muito barulho e mostrar que queremos soluções. Não adianta só servir cafezinho, nós queremos é negociação”, bradaram. Pouco depois, todos se concentrarem em frente à entrada do Ministério do Planejamento, onde os manifestantes improvisaram uma roda de samba e servidores da Educação seguraram faixas pedindo respeito pela categoria e pelo direito de greve.

Pelas intervenções feitas durante a manifestação, se a mesa de negociações instituída no âmbito do Ministério do Planejamento não avançar e o governo não atender as demandas dos SPFs, diversas categorias do funcionalismo paralisarão suas atividades, se juntando aos colegas das universidades públicas (base da Fasubra) e do Judiciário Federal e MPU, que já estão em greve em vários estados. O objetivo do fórum das entidades sindicais é construir uma greve geral do funcionalismo.

“Feliz daquele que defende o que acredita”

O Oficial de Justiça aposentado Alcino Coelho frisa que nada se consegue sem luta (Foto: Janaina Rochido)

Dos servidores mineiros, enquanto alguns estiveram presentes na Câmara dos Deputados acompanhando a audiência pública sobre aposentadoria especial para servidores que exercem atividade policial (Lei Complementar 330/06, de autoria do deputado Mendes Ribeiro Filho, do PMDB-RS), os outros caminharam junto aos milhares de trabalhadores. Dentre eles estava Alcino Barreto Coelho Junior, Oficial de Justiça aposentado da Justiça Federal em Belo Horizonte. Ele, que milita há bastante tempo, frisa que não se consegue nada sem luta e lamenta a inércia de colegas que não apóiam as mobilizações: “é uma infelicidade que alguns servidores públicos não lutem pelos seus direitos, pela sua categoria. Feliz daquele que defende o que acredita”, sentencia Coelho.

Bruno Ávila foi sozinho ao Ato por acreditar que é preciso participar (Foto: Janaina Rochido)

Caminhando junto com a caravana mineira estava o sul-mato-grossense Bruno Ávila, servidor da Justiça Federal em Campo Grande. Bruno contou que colocou uma mochila nas costas e foi sozinho ao Ato, “na coragem”, porque, além do Mato Grosso do Sul ainda não estar em greve, as chefias dos tribunais dificultam a saída dos servidores para participar. “Mesmo com as dificuldades eu quis vir, porque acredito que a gente precisa se informar, participar”, disse o servidor. Sobre a mobilização em seu estado, ele informa que estão sendo feitas assembleias setoriais e que os trabalhadores de lá vão aderir à greve quando for a hora.

Ao fim do ato, a organização agradeceu a presença e disposição de todos e recomendou que os servidores fizessem pressão junto aos parlamentares para o andamento das negociações e o fim da ameaça de retirada de direitos dos trabalhadores.

[Com informações da Fenajufe]

Veja aqui galeria de fotos do ato (Fotos de Janaina Rochido)

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