As 344 pessoas presentes no ato de hoje, 7, em frente ao prédio da Justiça Federal, em Belo Horizonte, endossaram a decisão de que a greve – a partir de 12 de maio – é para valer. Vestindo camisas, coletes e tarjas pretas, os servidores ouviram informes sobre o quadro de greve no restante do país (veja o quadro completo aqui), sobre os projetos que atacam os direitos dos servidores e sobre a tramitação do PL 6613/09, atualmente parado na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público – CTASP.
Após convite feito pelo diretor Mauro Sales, ao microfone, para que os colegas da Justiça Federal descessem de seus locais de trabalho, o presidente do SITRAEMG, Alexandre Brandi, reforçou a ncessidade de mobilização, frente ao discurso da base governista de que não há verba para a revisão salarial do Poder Judiciário Federal por conta dos investimentos que o governo pretende fazer – ‘desculpa’ usada na Audiência Pública da qual a caravana de servidores mineiros participou em 27 de abril.
Brandi também informou aos presentes que o projeto que prevê o congelamento dos salários do funcionalismo público por dez anos, o PLP 549/09, será colocado em votação na CTASP na sessão do próximo dia 12, em Brasília, no mesmo dia da deflagração da greve em Minas Gerais. “O movimento está fadado à vitória, nós não ficaremos com os salários congelados por dez anos”, disse Brandi, acrescentando que o parecer do relator do projeto, deputado Luiz Carlos Busato (PTB-RS), já foi publicado e é pela rejeição da proposta (leia a íntegra do parecer aqui).
A propósito, o presidente do Sindicato frisou a necessidade de grande mobilização para os dois últimos atos (veja calendário aqui) antes da paralisação, e explicou que, nas reuniões com as administrações dos tribunais mineiros, ficou esclarecido que não haverá retaliações àqueles que aderirem ao movimento. O diretor jurídico Fernando Neves saudou os servidores presentes e encorajou-os a participarem da greve ao reforçar que a mesma está sendo feita totalmente dentro da legalidade: “Hoje foi publicado no jornal o Aviso de Greve, com a antecedência necessária de 72 horas e todos os tribunais já foram oficialmente comunicados do movimento”, esclareceu Neves.
“Precisamos convencer os colegas a aderir e fazer uma greve forte, porque a história se repete. Em 2006 [PCS III] enfrentamos os mesmos entraves e fomos vitoriosos, então eu conclamo a todos a conversarem com seus colegas de trabalho e trazerem-nos para o nosso ato”, disse Fernando Neves, que também lembrou que o intuito da greve não é prejudicar a população, por isso mesmo o movimento deve ser forte – para que seja vitorioso no menor tempo possível.
