Os delegados mineiros eleitos em assembleia no SITRAEMG participaram, na manhã desta quinta-feira, 20, da Reunião Ampliada da Fenajufe, no Hotel Nacional, em Brasília. A reunião acontece um dia depois do Dia Nacional de Mobilização, que realizou ato público em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). A pauta da Ampliada compreende os informes sobre a mobilização nos estados e a discussão sobre as próximas atividades dentro da Campanha Salarial 2014.
Saulo Arcangeli, coordenador da Fenajufe, abriu os trabalhos dando os informes sobre a reunião realizada com o diretor geral do Supremo Tribunal Federal (STF), na última semana, e sobre o encontro com o secretário de relações de trabalho do MPOG Sérgio Mendonça, realizada ontem, 19 (veja detalhes aqui). Outro coordenador da Fenajufe, João Batista Vieira, também deu informes sobre uma conversa com assessores do senador Antônio Carlos Rodrigues (PR/SP), relator da Medida Provisória 632/2013 – que possui uma emenda que propõe a regulamentação da licença classista remunerada. De acordo com Vieira, várias entidades federais estiveram presentes à reunião, e o assessor do senador informou que a proposta conta com “amplo apoio” da Câmara dos Deputados.
Logo após, cada estado fez uso da palavra para relatar o que acontece em suas bases. Segundo os relatos de cada delegado, a mobilização ainda precisa ser fortalecida e ganhar mais adesão da categoria para que se possa construir um movimento mais forte. Vários estados também realizaram assembleias e atos – a coordenadora do SITRAEMG Débora Melo Mansur falou pelo sindicato de Minas, informando que a assembleia realizada em 15 de março deliberou por assembleias regionais, a serem agendadas após a ampliada (veja aqui).
Carreira única é ameaça de cisão permanente
De comum em todas as falas dos delegados presentes à Ampliada, estava a perplexidade e a indignação com a proposta de carreira única para os servidores do STF (proposta que está despontando também no Tribunal Superior Eleitoral, conforme informe dado pelo coordenador do SITRAEMG Fernando Guetti, ontem – leia mais aqui). Todos demonstraram preocupação com a possibilidade de mais tribunais adotarem essa ideia e a categoria sofrer uma cisão fatal – que, na visão dos participantes, enfraquecerá os sindicatos também.
Falando pelo SITRAEMG, Débora Mansur sugeriu que seja realizado um forte trabalho junto às bases para conscientizá-la sobre os perigos da carreira única. A sindicalista também sugeriu que todos façam manifestações em frente ao STF diariamente contra a proposta, que já está em pauta no Supremo. A coordenadora também defendeu a luta pela data base e chamou a atenção para a necessidade de não só lutar contra a aprovação da PEC 59/13, mas também ter um “plano B”, caso ela seja aprovada no legislativo.
Os delegados defendem uma atuação mais incisiva da Fenajufe contra estas propostas divisionistas de carreira única para os servidores dos tribunais superiores e acreditam que derrotar essas propostas deve ser um dos principais focos da categoria – um dos perigos do crescimento das carreiras únicas é o que elas trariam “a reboque”, como a quebra de isonomia e o surgimento de gratificações por desempenho, entre outros “elementos danosos”. Os delegados acreditam que somente uma unidade forte entre os servidores levará à vitória frente a essas ameaças.
Até o fechamento desta matéria, às 18h30, a Reunião Ampliada prosseguia, com a discussão do calendário de lutas. Mais informações em breve.
Janaina Rochido, de Brasília
