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SITRAEMG presente em “roda de conversa” no Dia Internacional de Eliminação da Violência contra a Mulher

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A cada 2 segundos uma mulher é vítima de violência física. Quantas mulheres já sofreram violência física hoje? A cada 6,9 segundos uma mulher é vítima de perseguição. Quantas mulheres já sofreram ameaça de violência hoje? A cada 6,3 segundos uma mulher é vítima de ameaça de violência. Quantas mulheres já sofreram perseguição hoje? A cada 1,4 segundo uma mulher é vítima de assédio. Quantas mulheres já foram assediadas hoje? A cada 1,5 segundos uma mulher é vítima de assédio na rua. A cada 4,6 segundos uma mulher é vítima de assédio no trabalho. Quantas mulheres foram assediadas no trabalho hoje? A cada 2,6 segundos uma mulher é vítima de violência verbal. No Brasil, a cada 2,6 segundos uma mulher sofre ofensa moral, a cada 1h57 uma mulher é assassinada. Morrem mais mulheres negras do que brancas.

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A coordenadora do SITRAEMG Elimara Gaia, entre a diretora de base Lúcia Bernardes (à esquerda) e a também filiada Etur Zehuri – Fotos: Gil Carlos

Essas verdades foram expostas em cartazes estendidas no chão, mas bem à vista das pessoas que passaram pela Praça Sete, em Belo Horizonte, no final da tarde desta segunda-feira (25/11), durante Roda de Conversa promovida pelo movimento feminista 8M Unificado RMBH, em celebração ao Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. O SITRAEMG, que apoiou a iniciativa, esteve presente, representado pelos coordenadores Célio Izidoro e Elimara Gaia, além da diretora de base Lúcia Bernardes e da também filiada Etur Zehuri, que integra o 8M. Tendo como referência “Feminicídio: lar é o lugar mais perigoso para mulheres, diz ONU”, também estampada em um dos cartazes, antes de iniciar a roda de conversa ativistas presentes leram, em voz alta, os princípios que norteiam a lei 11.340/2006, também conhecida como Lei Maria da Penha, que estabelece mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Ainda ao microfone, Silvânia Morais, do movimento Brigadas Populares e SindUTE, bradou: “Nós mulheres não somos posse, não somos mercadoria”. E a coordenadora do SITRAEMG Elimara Gaia completou: “Respeitem as mulheres. Se elas disserem não, é não. Deixem as mulheres viveram à maneira delas. Respeitem suas decisões”. E Sandra Munhoz, em nome do movimento Rede Afro LGBT, frisando que a violência é ainda maior contra mulheres negras e “trans”, sentenciou: “A eliminação da violência contra a mulher tem que ser todos os dias”.

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Da esquerda para a direita: Vânia e a filiada Etur Zehuri (ambas do movimento 8MG) e os coordenadores do Sindicato Elimara gaia e Célio Izidoro

As falas nas rodas de conversas foram de manifestações políticas em relação à causa, mas houve também muitos desabafos de mulheres que sofreram, “na pele” e emocionalmente, as agressões de agora, felizmente, ex-companheiros. Uma delas disse que só conseguiu se livrar da morte, no próprio lar, depois de encontrar amparo em instituições de defesa dos direitos da mulher. Segundo ela, depois de levar várias surras, escapou por pouco do assassinato quando o ex-marido levantou uma faca para lhe penetrar o corpo. Outra depoente relatou que demorou a se livrar do ex-marido depois de 15 anos de convivência. Seu calvário teve início nos últimos três anos de vida em comum. Ele lhe batia e não lhe dava chance de se livrar dele. E quando isso aconteceu, o agressor ainda a perseguia. Quando ela imaginava se ver livre do infortúnio com o afastamento do “ex”, eis que, quase dois anos depois do fim do vínculo, iniciou novo relacionamento com outro homem que também não lhe deu paz. Com este, não passaram de agressões verbais, mas o então namorado, que contava com a condescendência da mãe, também a fez sofrer muito. A situação dela, hoje, é a seguinte: o namorado se distanciou de vez, mas o ex-marido, mesmo se mudando para outro estado, ainda a deixa em pânico só de pensar que, a qualquer hora, ele possa reaparecer.

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O coordenador do SITRAEMG Célio Izidoro, que também integra o movimento Raça e Classe, lamentou que, em pleno século XXI, a discriminação no Brasil – de classe, raça, sexo ou qualquer outra – infelizmente ainda é uma grande batalha a ser enfrentada. “Temos que nos mobilizar para combatermos essa opressão às mulheres”, pontuou. Afirmando que a luta é difícil, mas que as mulheres não podem desistir, a coordenadora Elimara convidou todas as colegas do gênero a se protegerem, sobretudo as mais vulneráveis à violência, e juntas trilharem o caminho por um mundo melhor.

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