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Governo ganhou o 1º “round”, mas a luta contra a PEC 6/2019 não acabou, avisam manifestantes em BH

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Nesta sexta-feira (12/07), dia em que mais de 50 mil pessoas foram às ruas em Brasília (DF), em manifestação na Esplanada nos Ministérios, e outros milhares nas capitais dos outros estados, em Belo Horizonte a presença no ato unificado convocado também pelas centrais sindicais, na Praça Afonso Arinos, foi inferior às registradas nos atos de 15 e 30 de maio e do dia da greve geral, 14 de junho. Porém, quem esteve lá pôde constatar que continua a todo o vapor o entusiasmo para a luta contra a Reforma da Previdência e toda a pauta de retirada de direitos do governo.

E o indicador de que a resistência da população está surtindo efeito é que, depois da triste derrota sofrida na quarta-feira (10), com a aprovação do texto-base da PEC 6/2019 no plenário da Câmara, em primeiro turno, hoje essa situação mudou um pouco, favoravelmente aos trabalhadores, com o recuo do ímpeto governista com a aprovação de alguns destaques que minimizam as perdas para a aposentadoria em alguns pontos da proposta original. Com a votação de hoje, foi mantido em 15 anos o tempo mínimo de contribuição para os homens se aposentarem, no Regime Geral, sendo que o texto aprovado na quarta-feira previa 20 anos. O outro avanço foi a redução da idade exigida do professor para se aposentar pelo pedágio de 100% do tempo de contribuição que faltar na data de publicação da futura emenda constitucional: de 55 anos para 52, se mulher; e de 58 para 55 anos, se homem. Mais importante do que isso, contudo, foi o adiamento da votação da proposta, em segundo turno, para o mês agosto, e não agora, antes do recesso parlamentar, como pretendia o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ).

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Atendendo ao chamado do SITRAEMG, alguns servidores do Judiciário Federal também estiveram presentes no ato de Belo Horizonte, se unindo aos colegas das diversas categorias, do serviço público e da iniciativa privada, além de estudantes e profissionais da Educação, dos vários níveis de escolaridade e de instituições federais, estaduais e municipais. Lideranças das centrais sindicais, sindicatos e entidades dos movimentos sociais e estudantis fizeram frente aos protestos.

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Os manifestantes voltaram a criticar o argumento falacioso do governo de que sua meta, com a reforma previdenciária, é garantir uma economia de mais de R$ 1 trilhão em 10 anos. “Nada disso. A reforma é para transferir dinheiro da aposentadoria dos trabalhadores para os banqueiros”, denunciou um líder sindical. Outro fato bastante condenado pelos participantes foi a decisão do governo de liberar mais de R$ 6 bilhões em emendas parlamentares às vésperas da votação da proposta em plenário, no primeiro turno. “Deputados se vendem dizendo que os recursos das emendas são para estados e municípios. Grande parte vai para os bolsos deles”, atacou outro depoente. Em outra fala, um manifestante lamentou que o atual governo esteja tomando medidas verdadeiramente ditatoriais contra o povo brasileiro. A única forma de combater essas políticas arbitrárias, propôs outro, é deflagrando uma greve geral por tempo indeterminado, “para quebrar a espinha dorsal do governo”.

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