Com o sucesso dos atos de ontem, entidades já trabalham na construção da Greve Geral

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Logo após as atividades de mobilização do Dia Nacional de Protestos dessa terça-feira (28), em Brasília (DF), contra a pauta maldita do governo Temer e, principalmente, pela não aprovação da Reforma da Previdência, nas quais os servidores do Judiciário Federal em Minas estiveram presentes, em caravanas oriundas de Belo Horizonte e Divinópolis, organizadas pelo SITRAEMG, representantes do FONASEFE (Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais, que inclui a Fenajufe), FONACATE (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado) e CONDSEF (Confederação dos Trabalhadores no Distrito Federal) se reuniram para fazer um balanço da mobilização do dia na capital federal.

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Reunião das entidades para avaliação das mobilizações em Brasília

As entidades concluíram que o movimento foi muito bom. Houve apenas um incidente, em frente à catedral, com a polícia do Distrito Federal fazendo o cerco, impedindo que os manifestantes avançassem em direção ao Congresso Nacional e chegando até mesmo a usarem gás de pimenta para conter os servidores. Mas, com a presença de uma comissão integrada por servidores e deputados de partidos de esquerda, foi selado o acordo e a passagem liberada. Mas a presença dos trabalhadores chegou a superar as expectativas e deu para fazer uma forte pressão sobre os congressistas.

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Na reunião das entidades com os servidores, o coordenador geral do SITRAEMG Célio Izidoro (de camisa branca e chapéu), que integrou a caravana mineira nas atividades de mobilização na capital federal

Os sindicalistas ponderaram, porém, que apesar de acreditarem que o governo não conta com os 308 votos necessários para aprovar a reforma, é preciso intensificar a mobilização junto aos parlamentares também nos estados, mostrando a cada um deles que a Previdência é superavitária e que as mudanças no sistema pretendidas pelo governo, além de desnecessária, irá prejudicar muito a classe trabalhadora.

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Servidores da caravana de Divinópolis

As entidades também avaliaram que, na mobilização de ontem na capital federal, houve uma sintonia bastante positiva das entidades sindicais com os movimentos sociais, mas que, para melhorar ainda mais esse entendimento, é recomendável a realização de assembleias e plenárias com a participação das diversas categorias de servidores e trabalhadores da iniciativa privada, pois a reforma da Previdência atingirá a todos, para alcançar uma unidade que fortaleça o movimento para a greve geral da próxima terça-feira (5) – vale lembrar que os servidores do Judiciário Federal em Minas vão deliberar sobre adesão à greve na AGE convocada para esta quinta-feira (30/11), às 13h, em frente ao prédio do TRT da Rua Mato Grosso, 468, Barro Preto, BH.

A pressão na capital vai continuar, inclusive nas próximas semanas, até que que se consiga “enterrar” de vez a PEC da Reforma da Previdência. A orientação é para que esse trabalho se intensifique também nos estados, com a procura do diálogo com os deputados nos aeroportos e até mesmo nas residências dos parlamentares.

Reunião com o presidente da Câmara

Reunião com Rodrigo Maia
Servidores e deputados da oposição com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (centro)

Com muita insistência, a comissão com representantes das três entidades nacionais, juntamente com dirigentes da CSP Conlutas (central sindical) e deputados da oposição, conseguiu uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), para falar sobre a Reforma da Previdência. Essa reunião contou com a presença do coordenador geral da Fenajufe Saulo Arcângeli.

Depois de ouvir o posicionamento dos sindicalistas e parlamentares, contrário a toda pauta maldita do governo Temer – propostas que já foram aprovadas, como a EC 95 (congelamento de gastos), terceirização sem limites, reformas do ensino médio e trabalhista, e outras em tramitação, como a reforma previdenciária, PLS 116/17 (avaliação de desempenho) e MP 805 (aumento da contribuição previdenciária dos servidores públicos, de 11% para 14%) -, Maia, demonstrando mais uma vez sua posição bastante desfavorável ao serviço público e aos servidores, discordou de dados apresentados pelos visitantes que desmentem o discurso do governo para justificação de tais medidas. Afirmando que nesta quinta-feira (30) deverá se posicionar sobre a possibilidade de pautar ou não a reforma previdenciária para a próxima semana, adiantou que somente o fará se tiver certeza que terá os 308 votos necessários para aprovação da PEC.  Sobre o aumento da contribuição previdenciária dos servidores, o deputado fluminense manifestou sua opinião de que ela é necessária, para garantir mais arrecadação para o governo, ressalvando apenas que, para ele, deveria ser implementada através de projeto de lei, e não por MP, como faz o Executivo.

Articulações da Frente Mineira

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Reunião da Frente Mineira em Defesa da Previdência Social

A Frente Mineira em Defesa da Previdência também se reuniu ontem para discutir a organização das atividades a serem realizadas na greve geral que está sendo convocada para a próxima terça-feira (5). O SITRAEMG foi representado pelo coordenador geral Carlos Humberto Rodrigues. Os participantes foram informados de que a construção da greve em Minas envolve a Frente Mineira, centrais sindicais, movimentos Povo sem Medo e Frente de Mulheres, movimento estudantil e várias entidades sindicais.

A Frente deliberou por, no dia da greve geral, realizar um ato com o máximo de mobilização das entidades, considerando a gravidade do momento e que o governo está fazendo toda pressão para aprovar a reforma já na quarta-feira (6). A concentração para o ato em Belo Horizonte será a partir das 9 horas da manhã, na Praça da Estação. De lá, os participantes seguirão em caminhada pelo centro da capital.

A Frente também decidiu elaborar um documento, dirigido aos deputados federais, contendo dados da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Previdência do Senado que desmascaram o discurso do governo em favor da reforma e informações que mostram a propaganda enganosa do governo alegando que a proposta visa acabar com os privilégios nas aposentadorias.

Esse documento será concluído na reunião das centrais sindicais marcada para amanhã (quinta/feira, 30), na sede da CTB em Belo Horizonte.

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