Servidores decidem por novos protestos no dia 23 de setembro

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A luta pela revisão salarial sem perda de direitos terá um novo dia de mobilizações nacionais para forçar os tribunais a negociar com os servidores o envio de projeto de lei ao Congresso Nacional.As manifestações vão ocorrer no dia 23 de setembro, com atos e possíveis paralisações nos estados. Também existe a possibilidade de realização de um ato centralizado em Brasília, em frente ao Supremo Tribunal Federal.
A organização do protesto foi definida por consenso na reunião ampliada da federação nacional (Fenajufe), ocorrida no dia 12 de setembro, sábado, em Brasília.

Na reunião, que não teve caráter deliberativo, prevaleceu o entendimento de que sem mobilização não haverá revisão de salários. “Vamos à luta desde já para mudar esse projeto e colocá-lo no Congresso Nacional. Vamos para as ruas mudar esse projeto”, defendeu Paulo Rios, diretor da federação e do sindicato do Maranhão (Sintrajufe).
Durantes os informes dados pela diretoria da federação, foi dito que uma das razões da demora no envio do projeto seria o fato de os dirigentes dos tribunais temerem que ele atrapalhe o PL que dá aumento para os juízes.
A principal polêmica na reunião girou em torno da definição se a mobilização defenderá o envio imediato do projeto, com ou sem as alterações propostas pelos servidores, ou se o centro das reivindicações será lutar pelas mudanças, para que o projeto de lei já chegue ao Congresso Nacional com as alterações necessárias negociadas.Não houve consenso e os integrantes do setor majoritário na direção da federação disseram que prevalecerá a decisão da reunião da diretoria da Fenajufe, realizada na véspera, que votou a favor do envio imediato do projeto.
A reunião ampliada anterior, porém, que tinha poder de decisão, aprovou uma resolução que prevê lutar para barrar qualquer tipo de ataque aos direitos dos servidores em troca de possíveis aumentos salariais.
O diretor da Fenajufe Cláudio Klein disse que a disputa não vai se dar no Congresso Nacional: “Lá é muito difícil avançar, é muito mais fácil mudar o projeto dentro de nossa casa, pressionando os tribunais”, afirmou.
O SITRAEMG participou com quatro representantes e levou as críticas ao fato de a direção majoritária na Fenajufe ter tirado o caráter deliberativo da reunião. “Elegemos quatro delegados e estamos aqui para votar, para deliberar”, disse Alexandre Brandi, presidente do SITRAEMG, ao comunicar a decisão da assembléia geral em Minas, que aprovou protesto contra o esvaziamento do fórum.
O Sindicato vai convocar as mobilizações para forçar os tribunais a negociar as mudanças que os servidores consideram fundamentais, entre elas a valorização do vencimento básico e defesa da isonomia e da paridade entre ativos e aposentados.

Por Hélcio Duarte Filho
jornalista do Luta Fenajufe

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