Caravana vai a Brasília pressionar por avanços na negociação com governo e STF

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Reunião na qual o STF apresentaria proposta orçamentária para o PCS-4 ao Planejamento não aconteceu na quarta-feira

Sindicatos de todo país preparam a caravana da greve que vai a Brasília pressionar por avanço nas negociações e aprovação do PCS-4. As atividades, que acontecem na terça (8) e quarta-feira (9), vão marcar o ‘aniversário’ de um mês da greve nacional do Judiciário Federal e MPU, que segue crescendo e já alcança 23 estados.

O Comando Nacional de Greve manteve a convocação da caravana, que havia sido aprovada de forma indicativa na reunião ampliada de domingo (30) da federação (Fenajufe), mas readequou a data. A chegada a Brasília agora é na terça, não mais na segunda-feira.

A mudança busca basicamente ganhar tempo para preparação da viagem nos estados e fazer com que os servidores fiquem em Brasília na quarta-feira, data em que funcionam as comissões permanentes da Câmara dos Deputados.

Nesse dia, a programação é ‘levar’ a greve ao Congresso Nacional, numa manifestação em defesa do projeto que revisa o PCS (PL 6613/2009) e que se encontra parado na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara.

Na véspera, os servidores fazem, a partir das 15 horas, um ato público em frente ao Supremo Tribunal Federal. A princípio, não haverá mais a vigília que estava prevista, desmarcada principalmente em função do frio rigoroso que tem feito à noite na capital federal. “Vamos lotar a porta do STF, mostrando à cúpula do Judiciário Federal que não sairemos da greve enquanto não tivermos uma resposta concreta sobre as negociações. Sabemos que o governo continuará apostando no esgotamento do tempo, mas não vamos desistir, pelo contrário, devemos é intensificar as nossas mobilizações”, diz Antônio Melquíades, diretor da federação nacional (Fenajufe).

Essas decisões foram tomadas na reunião do comando ocorrida na noite de terça-feira (1º), logo após os servidores terem participado de uma reunião de negociação com a direção administrativa do Supremo Tribunal Federal.

O Comando de Greve se posicionou pelo fortalecimento da paralisação até que as negociações cheguem a um acordo que atenda às reivindicações dos servidores.

A possível reunião da direção-geral do STF com representantes do Ministério do Planejamento não aconteceu na quarta-feira (2), como chegou a ser cogitado pelo diretor-geral, Alcides Diniz, embora ressaltando que o encontro ainda não estava marcado.

A razão alegada é que o secretário-executivo do Planejamento, João Bernardo, teve que participar de uma reunião com o presidente Lula, o que teria inviabilizado agenda para o encontro. Não há notícia de que a reunião com o presidente tenha tratado do PCS. O secretário-executivo tem sido o principal interlocutor do Planejamento com o Judiciário.

É nesse próximo encontro da comissão de negociação, ainda sem data marcada, que o STF promete apresentar ao governo a contraproposta orçamentária para aplicação do projeto. Segundo a direção do STF informou ao Comando Nacional de Greve, todos os diretores-gerais dos tribunais superiores devem participar.

Por Hélcio Duarte Filho,
jornalista do Luta Fenajufe, especial para o SITRAEMG
(com Agência Fenajufe de Notícias)

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