Assembleia setorial da Justiça Federal debate os próximos passos da luta por reposição salarial após a manutenção do veto.

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Aconteceu nesta sexta-feira, 20/11, a assembleia setorial dos servidores da Justiça Federal. A reunião que aconteceu, no auditório do Prédio 1 (Av. Alvares Cabral, 1811), reuniu cerca de 60 servidores do tribunal, e debateu assuntos como a compensação de horas da greve, os próximos passos da luta por reposição salarial após a manutenção do veto 26, a PEC da data-base, entre outros pontos.

O coordenador geral do SITRAEMG, Alan da Costa Macedo, abriu os trabalhos da assembleia com informes sobre a sessão conjunta do congresso ocorrida na última terça-feira, 17/11. Alan ponderou que, apesar de saber que os servidores acompanharam extensivamente a sessão e seus desdobramentos, colocar suas percepções sobre o fato poderia enriquecer a discussão. O coordenador fez uma avaliação positiva do processo, apesar do resultado final, pontuando que uma diferença de votos tão pequena e uma articulação que durou tanto tempo tem que ser parabenizada, “os servidores amedrontaram o governo, que teve que gastar todo o seu leque de manobras escusas, comprar votos a partir do rifamento de ministérios, e mesmo assim ficou com quase a metade dos deputados contra ele”. O coordenador pontuou que é necessário aproveitar o momento favorável, com todo o trabalho político feito junto aos parlamentares e a mobilização da categoria para tentar aprovar o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) da data-base, criado e elaborado pelo SITRAEMG (veja mais sobre o projeto clicando AQUI).

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O servidor Nestor Santiago, falou que o PL 2648/15 deve continuar sendo rechaçado, e que não acredita que, com o ministro Lewandowski a frente do STF, haja alguma chance de se criar emendas progressivas ao projeto. Nestor afirmou que, embora os servidores da Justiça Federal estejam de parabéns pela luta, os servidores não conseguiram derrotar o governo por culpa de sua própria atuação “nós perdemos porque erramos”, repetiu várias vezes o servidor. Em um contraponto, que acarretou em um caloroso debate sobre os próximos passos da luta pela reposição salarial, Alan avaliou que, mantido o veto 26, faz-se necessário lutar para que os servidores não fiquem no zero, buscando alternativas como a negociação do chamado “carreirão” e as possíveis melhorias do vulgarmente chamado “PL do leitinho”.

Alguns servidores pontuaram que existe uma pressão dos colegas que não fizeram greve para que se aceite qualquer coisa, Alan falou que também não se pode reivindicar qualquer coisa, e que sem as devidas emendas o PL2648/15 não é vantajoso, mas que é sim possível melhora-lo.

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 Ao final do debate os servidores deliberaram sobre a elaboração de uma carta do SITRAEMG aos demais ministros do STF, pedindo o apoio à luta pela reposição salarial. Os servidores ainda pontuaram que com a saída do ministro Lewandowski da presidência do STF, e a nomeação da ministra Cármen Lúcia para o pleito, as condições podem se mostrar mais favoráveis para a luta. A conclusão dos servidores é que ficar preso 4 anos a um projeto de reposição parcial e com tantas armadilhas é nocivo. Para melhor esclarecer o caso, Alan se comprometeu em encomendar, em nome do SITRAEMG, com um economista um estudo técnico sobre todas as possibilidades de reajuste, e como elas podem ser melhoradas.

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O Coordenador Geral ainda falou sobre a compensação de horas para compensação da greve. Nesse contexto, disse que o Sindicato não aceitará as imposições da administração, e deu informes sobre as reuniões anteriores (veja mais AQUI). “Infelizmente, a administração da Seção Judiciária rompeu com o pacto de parceria com o SITRAEMG quando, sem fundamentação razoável, indeferiu todos os seus pedidos de flexibilização no requerimento administrativo interposto”, afirmou. O SITRAEMG já fez um recurso administrativo para o caso (clique AQUI), mas continua buscando outras medidas políticas e judiciais para atenuar o impacto daquela decisão.

Ao final, o coordenador geral também tirou dúvidas sobre a ação dos 14,23%, apesar do item não estar na pauta da assembleia. Veja as últimas notícias sobre o assunto clicando AQUI, AQUI e AQUI.

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