Realizam-se nesta quinta-feira, 11 de dezembro, em vários estados, atos públicos em homenagem a colegas oficiais de justiça recentemente assassinados, em serviço, e para cobrar das autoridades do Poder Judiciário mais segurança para o segmento. Em Belo Horizonte, o ato ocorrerá a partir das 12 horas, em frente ao prédio do TRT da Rua Mato Grosso, Barro Preto (mais informações, AQUI). Em carta aberta que será distribuída à população, em BH, os manifestantes levarão ao conhecimento do povo mineiro o trágico assassinato do colega Francisco Pereira Ladislau Neto, em pleno exercício do cargo, ocorrido no dia 11/11/2014, em Barra do Piraí (RJ), informando, ainda, que, no dia 05/12/2014, o também oficial de justiça Ricardo Lobato Varjão foi morto a tiros, em Belém (PA), enquanto cumpria mandados judiciais. Da mesma forma, perdeu a vida a colega Sandra Regina Ferreira, em abril de 2009, na capital paulista, quando realizava diligência. “Citamos, aqui, apenas os casos mais recentes de uma estatística que aponta aproximadamente 120 assassinatos de oficiais de justiça registrados, em todo o Brasil, somente nos últimos cinco anos”, denunciam o SITRAEMG, Assojaf/MG e Fenassojaf, entidades signatárias da carta.
“Somos os portadores das mensagens da Justiça junto à população. Cumprimos as ordens judiciais que, via de regra, contêm comandos de coerção e expropriação de bens dos cidadãos. Como se não bastasse, somos obrigados a comparecer a espaços urbanos e rurais em que o próprio Estado não se faz presente, seja fornecendo serviços públicos, seja criando postos de trabalho, seja garantindo a segurança pública. São situações que nos colocam vulneráveis ao estresse, a agressões físicas e psíquicas e na condição de potenciais vítimas da mais terrível das violências: o homicídio. dia. Tem como dar um tratamento nessa matéria? Destacar o grau de violência a que foi submetido o colega? Obrigado”, explicam os oficiais de justiça na carta ao povo mineiro, expressando à população o apelo final: “Diante deste malsinado quadro de violência urbana e rural, reivindicamos publicamente às autoridades do Poder Judiciário (Conselho Nacional de Justiça, Supremo Tribunal Federal, Conselho Superior da Justiça do Trabalho e Conselho de Justiça Federal) medidas protetivas à vida no trabalho do oficial de justiça durante a realização das atribuições do cargo”.
A propósito dos riscos à própria vida que correm os oficiais de justiça, no dia a dia de trabalho, confira AQUI a matéria intitulada “Oficiais de justiça do Rio convivem com sequestros, tortura, violência e até assassinatos”, veiculada pela rádio CBN do Rio de Janeiro.
