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Bonn sedia nova rodada de negociações sobre clima

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As negociações da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a elaboração de um novo acordo mundial para combater o aquecimento global foram retomadas em Bonn, na Alemanha, com todas as atenções voltadas para a atuação dos representantes americanos. Cerca de 190 países tentam alcançar um acordo sobre a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa para além de 2012, quando termina o prazo do Protocolo de Kyoto.

O encontro de Bonn é o primeiro de uma série de pelo menos três rodadas de negociação das Nações Unidas, e a primeira aparição internacional da nova delegação americana para o clima. Os Estados Unidos jamais ratificaram este acordo, aprovado durante a administração de George W. Bush, mas agora muitos esperam que o presidente Barack Obama dê um novo norte à política ambiental do país – e um novo impulso às negociações na ONU.

No sábado, Obama anunciou a criação de um “fórum sobre a energia e o clima”, que reunirá 17 importantes economias mundiais, entre elas, Brasil, México e China, além da União Europeia (UE). O primeiro encontro foi marcado para 27 e 28 de abril, em Washington. O fórum, explicou o presidente americano, “facilitará um diálogo franco entre os principais países desenvolvidos e em desenvolvimento, ajudando a criar uma liderança política” que sirva de referência durante as negociações sobre o clima marcadas para dezembro em Copenhague.

No começo da reunião de Bonn, que terá duração de 11 dias, a delegação americana, coordenada por Todd Stern, apresentou um comunicado, marcando uma nova postura, o que provocou bastante otimismo entre os participantes. “Estamos comprometidos com energia e fervor no processo de negociação” do novo acordo sobre o clima antes do fim do ano, afirmou Stern, acrescentando que, apesar do comprometimento, os EUA “não farão tudo sozinhos”.

Para Yvo de Boer, secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (CMNUCC), “as negociações de verdade começam aqui em Bonn”. A menos de nove meses da reunião de Copenhague, na qual a comunidade internacional tentará chegar a um novo acordo climático, há apenas um tímido consenso a respeito dos objetivos para 2050. No momento, persistem fortes divergências sobre como dividir as “tarefas” climáticas entre nações industrializadas e emergentes, além dos objetivos a médio prazo. As principais economias estão dispostas a carregar o fardo mais pesado das metas de redução das emissões de CO2, mas querem que outros países, como Brasil, Índia e China, compartilhem os esforços.

Estes países, por sua vez, dizem querer observar antes como os países ricos vão se comprometer em reduzir suas emissões e afirmam que os desenvolvidos devem injetar dinheiro para ajudá-los a desenvolver tecnologias limpas e se adaptar às mudanças climáticas.

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