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Greve no Judiciário: Em SP, servidores do TRE param serviços estratégicos para as eleições

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Notícia publicada na última sexta-feira, dia 29, no site do Sintrajud-SP e reproduzida na manhã de hoje, 2, pela Fenajufe, informa que, em São Paulo, os servidores da Justiça Eleitoral aderiram com força total à paralisação pela aprovação do PL 6613/2009. A administração do TRE-SP, temendo o comprometimento dos serviços, transferiu o local do registro das candidaturas, mas isso não intimidou a categoria. Leia a íntegra da notícia abaixo:

Em SP, servidores do TRE param forte adesão leva a suspensão de serviços estratégicos para as eleições

Administração do TRE determina mudança de local do registro das candidaturas, visando desviar o foco das mobilizações. Categoria não se intimida com os métodos autoritários utilizados pela administração para restringir a paralisação e cruzam os braços pela aprovação do PCS-4

Na última quinta-feira [28], dia em que iniciou a greve por tempo indeterminado em todos os tribunais e fóruns de São Paulo, os servidores da Justiça Eleitoral lotados na sede, nos prédios administrativos e nos cartórios mostraram disposição de luta e aderiram à greve.

De acordo com o Sintrajud-SP, a sede do TRE parou e só o presidente desembargador Alceu Navarro que não viu. Antes de iniciar a assembleia estadual que ocorreu em frente à sede do tribunal, alguns servidores realizaram o ‘arrastão’ no prédio e constataram grande participação dos servidores.

Suspensão dos trabalhos

O sindicato informa que setores estratégicos que aderiram à paralisação levaram a suspensão de vários serviços importantes para o cumprimento das eleições deste ano. O principal deles foi a não realização de um teste simultâneo que aconteceria entre o Tribunal Superior Eleitoral [TSE], TRE e os cartórios eleitorais para o registro das candidaturas previsto para acontecer nesta semana.

Diante da forte adesão dos servidores do TRE o presidente do tribunal Alceu Navarro já demonstra ‘preocupação’ com o processo eleitoral, se justificando equivocadamente à imprensa que apenas 26% do quadro haviam aderido à paralisação. “Além de não ajudar nas negociações, insiste em esconder a real situação do TRE, para favorecer não se sabe quem!”, disse Adilson Rodrigues, diretor do Sintrajud e servidor da JF/Santos, questionando a postura omissa de Navarro.

Outra decisão da administração do TRE, tomada nesta segunda-feira [02], foi a transferência do local onde será o registro das candidaturas. Agora, as inscrições serão feitas na sede do TRE e não mais no prédio do Cartório da 1ª Zona, localizada na Avenida Brigadeiro Luis Antônio. Na avaliação do Sintrajud-SP, essa medida já é resultado das mobilizações dos servidores, pois, preocupada com o poder de organização da categoria, a presidência do Tribunal toma essa decisão na tentativa de desmobilizar e desviar a atenção da população e dos próprios “candidatos” do movimento da categoria.

Intimidação

Os primeiros servidores que chegaram na manhã de quinta-feira [28] no TRE foram surpreendidos com o isolamento das entradas dos prédios da sede da Rua Francisca Miquelina e Brigadeiro com as grades de ferro e pela Polícia Militar.

Indignados, o comando de greve e a direção do Sintrajud exigiram da administração a retirada das grades. Por horas o diretor do Sintrajud Adilson Rodrigues denunciou no microfone a truculência da presidência do TRE e exigiu a retirada de todas as grades de frente do tribunal. “Os servidores são os que fazem este tribunal funcionar Sr presidente, e não aceitaremos ficar atrás das grades. Somos agentes do Estado e isso é uma questão de honra para os servidores”, advertiu o dirigente.

A cada palavra de ordem dirigida à administração exigindo respeito aos servidores diante da tentativa de cerceamento à organização, aos poucos, a segurança local retirou as grades. Quando faltavam 12 minutos para iniciar a Assembleia Estadual não havia mais nenhuma grade de ferro no local, bem como o recuo de todo policiamento militar. “Respeito não é favor, e sim uma obrigação”, diziam os servidores indignados com a postura da administração do TRE.

Fonte: Sintrajud-SP

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