Deputado garante já ter 171 assinaturas para CPI da Privataria

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Pedido de criação da CPI da Privataria será formalizado nesta quarta-feira e terá o apoio do PT. A iniciativa de investigar as privatizações realizadas no governo Fernando Henrique Cardoso partiu do deputado Delegado Protógenes, do PC do B paulista. O pedido de CPI é fundamentado no livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr, que traz acusações de recebimento de propina e de lavagem de dinheiro contra políticos do PSDB, durante a venda de várias estatais, entre 1995 e 2002.

Um dos principais alvos das denúncias é o ex-candidato tucano à Presidência da República, José Serra. Protógenes garante já ter as 171 assinaturas de deputados necessárias para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara e espera que esse número fique próximo a 250, na terça-feira.

“Nós reunimos assinaturas de, praticamente, todos os partidos, incluindo da oposição – PSDB, PPS, PV, DEM, PSOL – e de todos os partidos da base aliada do governo. O conteúdo do livro do Amaury Jr coincide com algumas investigações que eu coordenei na Polícia Federal, coincide também com outras investigações em que outros colegas também colaboraram. O objetivo é, a partir das informações que o livro-documento traz, saber se são verdadeiras ou falsas as afirmações e os documentos. Se forem verdadeiras, é levar as providências ao canal judicial competente.”

A investigação dos deputados, se confirmada, só terá condições de acontecer a partir de fevereiro ou março de 2012. O PT, que, ao longo deste ano, orientou seus deputados a evitar a instalação de CPIs para investigar denúncias de corrupção no governo Dilma, já anunciou apoio à CPI da Privataria. O líder petista, deputado Paulo Teixeira, não acredita que a investigação venha a acirrar os ânimos políticos entre governo e oposição, mesmo em um ano eleitoral.

“Nessa CPI da Privataria, nós queremos aprofundar as investigações no Parlamento para responsabilizar aqueles que malversaram dinheiro público nesse processo. Trinta e seis deputados do Partido dos Trabalhadores assinaram essa CPI e nós temos a expectativa de que ela aconteça. Eu acho que uma investigação bem feita e serena não trará nenhum problema.”

Já o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira, garante que a CPI não tem condições de prosperar, sobretudo porque é baseada em informações de um jornalista acusado de espionagem e indiciado pela Polícia Federal por violação do sigilo de dirigentes tucanos.

“Essa CPI é baseada, primeiro, em um instrumento antirregimental, porque ela não tem objeto definido. Ela é fruto de um livro de uma pessoa que está indiciada pela Polícia Federal, acusado de ter feito um dossiê fajuto, uma tramoia para prejudicar o então candidato à presidência da República (Serra) na última eleição. Esse cidadão que fez esse livro foi afastado da campanha da presidente Dilma junto com outro jornalista, chamado Lanzote (Lanzetta), porque estavam fazendo terrorismo e dossiês contra adversários da presidente Dilma na eleição passada. Portanto, é alguém que não merece a menor credibilidade.”

Para 2012, já há previsão de instalação de mais duas CPIs: uma para apurar denúncias de trabalho escravo e outra para investigar a violência contra as mulheres.

Fonte: Agência Câmara

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