XVI Plenária Nacional da Fenajufe: painel sobre conjuntura também destaca importância da união nas lutas

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Convidados para falar sobre conjuntura destacaram a importância da união nas lutas (Foto: Janaina Rochido)

Após a leitura e aprovação, com algumas mudanças, do Regimento Interno da XVI Plenária Nacional da Fenajufe, o evento prosseguiu com o painel  sobre conjuntura, com a participação da assessora do Sisejufe-RJ,  Vera Miranda, engenheira e mestranda em gestão pública; José Vieira Loguercio, mestre e doutor em Ciências Políticas e Heitor Fernandes, servidor dos Correios e representante da CSP/Conlutas. Novamente, todas as falas foram marcadas pela necessidade de uma grande união e mobilização dos trabalhadores para que as lutas tenham resultado.

José Loguercio, após traçar um panorama de como o capitalismo permeia a relação entre as pessoas “desde sempre” e de como sua expansão está diretamente ligada ao nosso conceito de globalização, afirmou que a perda da soberania dos países é causada pelo neoliberalismo, que os leva a ser apenas observadores do mercado ao invés de protagonistas. “Existe uma dualidade do Estado, onde ele serve ao povo mas também ao ‘não-povo’ [capital]. Precisamos de nações cada vez mais soberanas, justas e democráticas para lidar com isso e um judiciário forte tem papel fundamental nesse processo”, disse.

Em sua exposição, Heitor Fernandes lembrou a crise mundial de 2008 e como os trabalhadores ainda sofrem suas conseqüências, por meio da inflação e seu “efeito cascata”no custo de vida. O representante da CSP/Conlutas também criticou o fato das alardeadas melhorias no Brasil ainda não terem se refletido em melhorias na vida dos trabalhadores: “os cortes do governo no orçamento [referindo-se ao corte de 50 bilhões feito pelo governo Dilma no início deste ano] lesaram a Educação, a Saúde e a Habitação”, explicou, acrescentando que os servidores públicos também foram duramente afetados com esta medida.

O governo Dilma e sua dificuldade em aprovar mudanças sociais e voltar a ser protagonista na política externa foram lembrados na fala de Vera Miranda. Ela acredita que os embates entre servidores e União com “um viés tecnicista e meritocrático” serão ainda mais difíceis agora e que, por isso mesmo, é preciso uma movimentação coletiva, com mais união e atuação das bases: “precisamos construir uma grande pauta geral de lutas no setor público”, afirmou. Vera também fez novo apelo à tolerância e à solidariedade entre trabalhadores: “precisamos ouvir desarmados e dispostos a ouvir as propostas uns dos outros, é necessário fazer um debate e construir uma unidade entre vocês [categoria] e até entre outros setores que enfrentam as mesmas lutas”, ponderou.

As atividade na XVI Plenária Nacional da Fenajufe no primeiro dia de evento encerraram-se com a apresentação do tradicional grupo de cultura Jongo da Serrinha, e também do Grupo de Música de Cultura Popular Razões Africanas. Os trabalhos na plenária recomeçam hoje, 4, às 9h.

Veja mais fotos da mesa que tratou da conjuntura:

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