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Valorização do servidor só virá com mobilização, alertam participantes de ato-reunião no fórum trabalhista de BH

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A necessidade urgente da valorização do servidor foi o principal anseio manifestado pelos participantes do ato-reunião setorial promovido pelo Sitraemg na tarde de quarta-feira, 17 de agosto, em frente ao fórum trabalhista de Belo Horizonte.

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Eles vestiram a camiseta oferecida pelo sindicato com a mensagem “Eu visto a camisa – Mereço ser Valorizado”. A AGE de 2 de agosto deliberou que, todas as quartas-feiras, os servidores devem vestir a camiseta, no trabalho ou em qualquer  lugar que estiverem, a fim de mostrar para a população o valor do serviço prestado pela categoria.

O debate também foi transmitido ao vivo para quem não pôde comparecer e se inscreveu antecipadamente por um link fornecido pelo sindicato.

O tema central do evento foi a recomposição salarial da categoria. Mas, como vem ocorrendo nos atos setoriais semanais, sempre às quartas-feiras, neste também foram discutidos assuntos específicos dos servidores da Justiça do Trabalho.

Os coordenadores David Landau e Nelson da Costa dos Santos Neto estiveram presentes representando o sindicato.

Valorização significa “melhores condições de trabalho, qualidade de vida e salário”, diz servidor

Um servidor presente alertou que não adianta ficar esperando que as coisas simplesmente aconteçam. E outra colega completou dizendo que “é preciso lutar e exigir que a valorização aconteça”.

Outro servidor salientou que valorização significa condições adequadas de trabalho. Nesse sentido, reclamou que, na sede do fórum trabalhista de Belo Horizonte, elas são bastante precárias. “É uma falta de respeito com os advogados, com os cidadãos (que necessitam da Justiça do Trabalho) e com a gente que é servidor”, pontuou. Disse também que a valorização é qualidade de vida, e isso inclui o salário da categoria.

Na avaliação dos servidores presentes, o índice de 18% de reajuste oferecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) está bem abaixo da inflação acumulada ao longo dos últimos seis anos.

O coordenador do Sitraemg David Landau acrescentou que o agravante da proposta do STF é que, ignorando as perdas inflacionárias da categoria, ela ainda estabelece um prazo dilatado de dois anos para implementação do reajuste, a partir de 2023.

Ele atribuiu a postura do Supremo ao projeto do poder econômico de levar os servidores a um patamar bem diferente do atual, ainda menor, aprofundando ainda mais as perdas. “A reação da imprensa e do ministro da Economia, falsificando a realidade ao ignorar o prazo de dois anos, mostra isso”, exemplificou.

Para Landau, essa proposta limitada é fruto do fato de a categoria não ter conseguido fazer uma greve neste ano. E salientou que, agora, cabe à categoria construir uma luta forte, com perspectivas de uma greve para o ano que vem, para que seja aprovado um projeto “melhorado”, com redução do prazo de implementação.

Lembrou que a greve de 2015, a maior da história da categoria, começou com poucas pessoas. Depois, foi ganhando força, atraindo adesões e se expandindo.

Residência jurídica, retirada de FCs, metas… desvalorização e assédio moral

A contratação pelo programa de residência jurídica, sem concurso público, e a retirada de funções comissionadas de servidores da primeira instância foram algumas das medidas citadas pelos participantes do ato-reunião como medidas que caminham no sentido da desvalorização do servidor.

O coordenador do Sitraemg Nelson da Costa dos Santos Neto acrescentou a esse rol de maldades contra o funcionalismo as metas estabelecidas todos os anos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele acompanhou a audiência pública do dia 30 de junho que debateu o Plano Inicial de Metas da Justiça do Trabalho para 2023, e disse que ficou assustado com as metas ainda mais aviltantes estabelecidas para o ano que vem. “Vão aumentar ainda mais o assédio sobre nós, para que cumpramos as metas”, previu.

Aproveitando a oportunidade, outra servidora presente informou que será uma das concorrentes à vaga para representação dos servidores no Subcomitê de Enfrentamento ao Assédio Moral e Sexual do TRT3. A votação será nos dias 18 e 19 de agosto, pela intranet do Tribunal, que enviará por e-mail o link para os servidores votarem. Ela defendeu que todos procurem ocupar espaços nos diversos comitês, subcomitês e outros grupos de estudos e decisões dos tribunais.

Recomendações à categoria

O coordenador David Landau encerrou sua fala destacando três pontos que considera importantes para a categoria neste momento. Primeiro, que, nas eleições, procurem votar em candidatos que estejam ao lado dos serviços públicos e dos servidores; segundo, que não há vitória sem adesão à luta; e terceiro, que é preciso que mais servidores filiem-se ao sindicato, para o fortalecimento da entidade, lembrando que haverá muitas caravanas a Brasília ao longo da tramitação do projeto de recomposição salarial no Congresso Nacional.

O coordenador Nelson da Costa Santos Neto pediu aos colegas que acompanharam o ato que atuem como multiplicadores da mobilização, levando aos ausentes tudo o que foi conversado no evento.

Assessoria de Comunicação
SITRAEMG

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